Cresce intolerância contra praticantes de religiões de matriz africana

Um terreiro de Umbanda, religião de matriz africana, foi atacado na semana passada, em Ribeirão Preto, no interior do estado brasileiro de São Paulo, tornando-se mais um exemplo da intolerância religiosa que cresce no Brasil.

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Lusa
11/02/2020 18:53 ‧ 11/02/2020 por Lusa

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Brasil

O país sul-americano registou em 2019 mais de 200 ataques contra seguidores de religiões de matriz africana, um aumento de 100% em relação a 2018 e refletindo o crescente fanatismo religioso no país, segundo a Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR).

A maioria dos ataques a esses templos foram perpetrados por populares e traficantes de drogas, estes especialmente ativos no Rio de Janeiro, que se proclamam evangélicos, um culto que nos últimos anos ganhou força no país e que historicamente associa as religiões africanas à adoração do demónio.

Atualmente, as religiões de origem africana são praticadas por uma minoria de cerca de 2% dos brasileiros, conforme dados obtidos por uma pesquisa do Instituto Datafolha realizada em 05 e 06 de dezembro do ano passado, com 2.948 entrevistados em 176 municípios de todo o país.

Já os cultos evangélicos são classificados como a segunda religião mais popular no Brasil, com 31% de seguidores, atrás apenas do catolicismo, que continua sendo a fé maioritária (50%), conforme dados da mesma sondagem.

Um balanço do disque 100, canal de denúncias do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, indicou que no primeiro semestre de 2019 (último dado disponível) houve um aumento de 56% no número de denúncias de intolerância religiosa em comparação com o mesmo período do ano anterior.

A maior parte dos relatos foi feita por praticantes de crenças de matriz africana, como a Umbanda e o Candomblé.

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