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Jornalista agredida na Chechénia após divulgar tortura de homossexuais

Yelena Milashina estava acompanhada da advogada Marina Dubrovina quando foram abordadas por um grupo de homens e mulheres.

Jornalista agredida na Chechénia após divulgar tortura de homossexuais
Notícias ao Minuto

12:50 - 07/02/20 por Silvia Abreu

Mundo Chechénia

Uma jornalista russa e uma advogada alegam ter sido agredidas num hotel, na Grósnia, capital da Chechénia. A agressão acontece depois de a jornalista Yelena Milashina ter exposto o rapto e tortura de homens homossexuais. 

As mulheres revelam ter sido abordadas por um grupo de homens e mulheres no átrio do hotel. As autoridades estão a investigar o incidente, avança a BBC, que cita o concelho dos direitos humanos.

No depoimento que prestou à polícia e que, segundo a mesma publicação, divulgou no Facebook, a jornalista revelou que não tem dúvidas de que o ataque é uma resposta à sua atividade profissional, uma vez que já tinha sido ameaçada pelas autoridades chechenas e pelo presidente da ChechéniaRamzan Kadyrov.

“Claro que é um ataque organizado, é um ataque aos defensores dos direitos humanos, jornalistas e advogados a trabalhar na Chechénia”, disse à estação de rádio Ekho Moskvy.

Após a agressão, as vítimas foram transportadas ao hospital e reportaram o incidente às autoridades. O ataque aconteceu pouco depois da meia-noite, esta quinta-feira, e foi filmado pelos atacantes.

Ativistas pelos direitos humanos defendem vítimas

O incidente já mereceu uma reação de ativistas pelos direitos humanos e a intervenção da organização OSCE – Organização para a Segurança e Cooperação na Europa.

O presidente Kadyrov, que governa a Chechénia há 13 anos, é um forte aliado do presidente Vladimir Putin, e foi acusado por graves abusos de direitos humanos, incluindo rapto e tortura de oponentes e homossexuais.

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