"O recente plano americano-israelita, chamado de 'acordo do século', foi elaborado sem nenhuma consulta com os representantes legítimos do povo palestiniano", considerou Moussa Faki Mahamat, num comunicado divulgado hoje.
A UA transmitiu a sua "grande preocupação" em relação a este novo plano, apresentado na semana passada em Washington e que é considerado favorável aos interesses de Israel.
Faki Mahamat reiterou a "solidariedade da UA com o povo palestiniano na sua legítima busca de um Estado independente e soberano, com Jerusalém Leste como capital".
O responsável da União Africana apelou para novos esforços internacionais "sinceros" para encontrar uma solução justa e duradoura para o conflito entre Israel e Palestina.
O mapa desenhado pelos Estados Unidos da América (EUA) prevê a anexação, por parte de Israel, do vale do Jordão, que constitui cerca de 30% do território da Cisjordânia, além de estabelecer Jerusalém como capital israelita, ao arrepio das resoluções da Organização das Nações Unidas.
De acordo com este plano, a futura capital israelita situar-se-ia nos subúrbios de Jerusalém "a leste e a norte" do muro israelita.
Todos os países africanos, à exceção dos Camarões e Eritreia, reconhecem a Palestina como um Estado.