Governo angolano pede diálogo para ultrapassar greve de petrolífera

O Governo angolano pediu hoje à administração da petrolífera norte-americana Halluburton para que esteja disponível para dialogar com os trabalhadores, que exigem há duas semanas uma atualização salarial ao câmbio oficial.

Angola expectante com petróleo acima dos 50 dólares por barril

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Lusa
02/01/2020 16:10 ‧ 02/01/2020 por Lusa

Mundo

Halliburton

Segundo uma comunicação do Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos (MIREMPET) angolano, decorreu hoje um encontro, na sede do órgão ministerial, entre o ministro do setor, Diamantino Pedro Azevedo, o ministro da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social angolano, Jesus Maiato e o vice-presidente da petrolífera americana Halliburton para o hemisfério leste, Joe Rainey.

O gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa do MIREMPET adianta que Joe Rainey foi chamado para "influenciar positivamente a direção da empresa em Angola e abrir-se ao diálogo com os sindicalistas e ultrapassar a greve".

Mais de 500 trabalhadores da petrolífera americana Halliburton, prestadora de serviços às empresas do setor que operam em Angola, estão em greve por "tempo indeterminado", em protesto contra salários não atualizados ao câmbio do banco central.

"Neste momento não há negociação, já parámos, estamos em greve, e nas negociações, eles [a direção] não querem ouvir falar sobre a atualização do câmbio", disse na semana passada à Lusa o presidente do Sindicato das Indústrias Petroquímicas e Metalúrgicas de Angola (Sipeqma), João Ernesto Pedro.

O dirigente sindical, que lamentou que a empresa continue a pagar salários convertidos do dólar para o kwanza no câmbio de há cinco anos, considerou que a postura do patronato traduz-se num "escândalo e uma roubalheira".

O líder da Sipeqma questionou igualmente o silêncio das autoridades do país face aos "constantes atropelos à lei e aos direitos dos trabalhadores" por parte da petrolífera norte-americana, adiantando que as operações estão paralisadas.

"Pedimos apenas flexibilidade da empresa, porque os atuais salários estão desajustados ao atual contexto do país", assinalou João Ernesto Pedro, garantindo abertura para negociar com a direção da empresa especializada na perfuração de poços petrolíferos.

 

 

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