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Paris convoca embaixador iraniano para denunciar detenção de franceses

O Ministério dos Negócios Estrangeiros francês convocou hoje o embaixador iraniano em Paris para denunciar "a detenção intolerável", há mais de seis meses, de dois investigadores franceses, incluindo um que entrou em greve fome.

Paris convoca embaixador iraniano para denunciar detenção de franceses
Notícias ao Minuto

15:28 - 27/12/19 por Lusa

Mundo MNE

Paris relembrou ao embaixador "a exigência da França de que" os seus "compatriotas Fariba Adelkhah e Roland Marchal sejam libertados sem demora e que as autoridades iranianas mostrem total transparência sobre a sua situação", indicou em comunicado o Quai d'Orsay (sede da diplomacia francesa).

O Ministério dos Negócios Estrangeiros salientou a sua "extrema preocupação com a situação de Fariba Adelkhah, que parou de comer, e reiterou o seu pedido de acesso consular, até agora recusado", acrescenta a nota.

Na passada quarta-feira, o Centro de Investigações Internacionais (CERI) da Sciences-Po de Paris anunciou que a antropóloga franco-iraniana Fariba Adelkhah tinha entrado em greve de fome.

Uma investigadora australiana especialista do Médio Oriente, Kylie Moore-Gilbert, detida com Adelkhah, também iniciou uma greve de fome após 15 meses de prisão. As duas investigadoras são acusadas de "espionagem".

Esta greve de fome foi acompanhada por uma greve de sede, segundo outras fontes, incluindo o jornal francês Le Monde.

Numa carta aberta ao Centro de Direitos Humanos no Irão (CHRI, na sigla em inglês), com sede em Nova Iorque (Estados Unidos), os dois investigadores dizem que foram submetidos a "tortura psicológica" e a "numerosas violações dos (seus) direitos humanos fundamentais".

Além de Adelkhah e Moore-Gilbert, o francês Roland Marchal, especialista do Corno de África e investigador do CERI, também está detido no Irão desde junho, acusado de "conluio contra a segurança nacional".

Em 10 de dezembro, o Presidente francês, Emmanuel Macron, já tinha pedido a libertação "imediata" dos dois investigadores franceses, Roland Marchal e Fariba Adelkhah, denunciando uma situação "intolerável".

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