Senado dos EUA aprovou resolução para reconhecimento do genocídio arménio
O Senado dos Estados Unidos aprovou hoje uma resolução reconhecendo o genocídio arménio, seguindo uma proposta da Câmara dos Representantes que irritou o Governo de Ancara.
© Reuters
Mundo EUA
O genocídio arménio é reconhecido já por 30 países e pela comunidade de historiadores que afirmam que cerca de 1,5 milhões de arménios foram mortos durante a primeira guerra mundial (1914-1919) por tropas do Império Otomano, nessa altura aliadas da Alemanha e do império austro-húngaro.
Hoje, o Senado norte-americano aprovou uma resolução que coloca os Estados Unidos nesse grupo de países e que apela para que sejam rejeitadas "tentativas de associar o Governo dos EUA à negação do genocídio arménio".
O Governo turco já tinha demonstrado o seu desconforto pela resolução, quando esta foi apresentada na Câmara de Representantes, em sintonia com a sua posição de rejeição do termo "genocídio" para o conflito.
Durante décadas, a Turquia desenvolveu ações de lóbi junto do Congresso dos EUA para tentar travar qualquer medida legislativa semelhante à que hoje foi aprovada.
O texto da resolução não é vinculativo e já tinha sido antes bloqueado no Senado pelos aliados republicanos do Presidente Donald Trump.
Contudo, hoje, nenhum senador se opôs à adoção do documento, apresentada pelo democrata Robert Menendez.
"Fico satisfeito por esta resolução ter sido adotada num momento em que ainda há sobreviventes do genocídio", afirmou Menendez, antes de interromper a sua declaração por alguns segundos, por estar comovido.
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