Número de mortos em naufrágio ao largo da Mauritânia sobe para 62
O número de migrantes que morreram no naufrágio de uma embarcação ao largo da Mauritânia subiu para pelo menos 62, anunciou hoje a Organização Internacional para as Migrações (OIM), no mais grave caso deste ano nesta rota.
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Mundo Mauritânia
Laura Lungarotti, que lidera a missão da OIM na Mauritânia, referiu na rede social Twitter que foram encontrados mais corpos, lembrando que o anterior balanço apontava para 58 mortos.
"O número de migrantes que morreram afogados perto da costa da Mauritânia subiu para 62, com 85 sobreviventes. A maioria dos resgatados são da Gâmbia (79), existindo também senegaleses (6)", referiu.
Segundo a mesma fonte, a OIM está a trabalhar com as autoridades da Mauritânia e consulares para prestar assistência.
O naufrágio de quarta-feira é o mais mortal nesta rota este ano, de acordo com a OIM.
O grupo com 150 a 180 pessoas, incluindo mulheres e crianças, embarcou a 27 de novembro na Gâmbia, numa embarcação com poucas condições, de acordo com informações da OIM e das autoridades mauritanas.
"Eles ficaram sem combustível, queriam aproximar-se da Mauritânia e acabaram por embater numa rocha", disse a porta-voz da OIM para a África Ocidental, Florence Kim.
O barco tinha como destino as Ilhas Canárias, arquipélago espanhol ao largo da costa de Marrocos, como uma potencial porta de entrada para a Europa.
Quase 25.000 pessoas morreram desde janeiro de 2014 a tentar chegar à Europa, segundo a OIM.
A grande maioria (19.154) morreu no Mediterrâneo, nas principais rotas de acesso ao continente europeu, mas mais de 480 pessoas também perderam a vida nas rotas da África Ocidental, incluindo cerca de 160 em 2019.
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