Num comunicado, o Ministério da Justiça indica que além do advogado David Shimron, que deverá ser acusado de branqueamento de dinheiro, o homem de negócios que agia como representante em Israel daquela empresa alemã Michael Ganor e um antigo chefe da marinha israelita Eliezer Marom responderão por corrupção.
O procurador Avichai Mandelblit anunciou há precisamente duas semanas a acusação de Netanyahu por "suborno", "fraude" e "abuso de confiança" em três casos de corrupção, os dossiês "1000", "2000" e "4000".
Hoje, a justiça israelita anunciou a decisão relativa ao dossiê "3000".
O procurador-geral "decidiu acusar Michael Ganor, agente do estaleiro naval da ThyssenKrupp em Israel, Eliezer Marom, antigo chefe da marinha israelita, David Sheran, antigo chefe de gabinete do primeiro-ministro, Eliezer Zandberg, antigo ministro, o advogado David Shimron (...)", indica o comunicado.
Uma nota do gabinete do procurador Shai Nitzan refere que sete pessoas serão acusadas, após uma audiência, estando em causa vários delitos como suborno, lavagem de dinheiro e fraude.
Neste caso, a polícia israelita investigou suspeitas de corrupção na venda pela Alemanha a Israel de submarinos militares e navios construídos pela ThyssenKrupp, por um valor de cerca de dois mil milhões de dólares (1,8 mil milhões de euros).
A polícia disse em novembro de 2018 ter elementos suficientes para a justiça acusar um determinado número de suspeitos, incluindo David Shimron, advogado e primo de Netanyahu.
O primeiro-ministro israelita foi ouvido no caso, mas não foi considerado suspeito.