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Espanha/Eleições: Vox vê fim do bloqueio com vitória da direita

O deputado da Assembleia Municipal de Madrid Pablo Gutiérrez de Cabiedes, dirigente do partido espanhol de extrema-direita Vox, defende que o bloqueio político espanhol pode solucionar-se através da convergência dos partidos à direita do PSOE.

Espanha/Eleições: Vox vê fim do bloqueio com vitória da direita
Notícias ao Minuto

12:25 - 06/11/19 por Lusa

Mundo Vox

"Se houver uma soma de formações liberais, de centro e de direita, o Vox vai apoiar negociando os conteúdos e os compromissos", disse à Lusa o político, notando que a situação já se verifica a nível local.

O deputado do Vox falava à margem de uma sessão de esclarecimento no bairro de Villaverde, uma zona "tradicionalmente de esquerda" na periferia de Madrid.

A sessão, que decorreu num bar de apoiantes do clube de futebol Real Madrid, juntou durante a noite de terça-feira mais de três dezenas de apoiantes do Vox do bairro habitado por 12 mil pessoas.

"É possível um pacto político à direita depois das eleições de domingo, como o que existe em Múrcia, em Madrid ou na Andaluzia. Na direita os partidos são diferentes, cada um tem a sua sensibilidade, mas pode haver confluências", acrescentou o deputado e professor de Direito da Universidade de Madrid.

Mesmo assim, refere, o Vox não abdica de assuntos como a luta contra a corrupção e o desagravamento fiscal para que o "dinheiro não esteja nas mãos dos políticos", mas sim dos cidadãos e dos empresários.

O partido tem 12 deputados na Comunidade de Madrid, 12 na Assembleia Municipal da capital e 24 parlamentares na Assembleia Nacional e, segundo as últimas sondagens, pode eventualmente tornar-se a terceira força política a nível nacional.

Pablo de Cabiedes rejeita analisar as sondagens, assim como rejeita que o Vox seja uma formação nacional-populista ou um partido de extrema-direita.

"A mim o que me parece extremista é o comunismo e o fascismo. Ninguém acredita que o Vox é fascista, mesmo aqueles que nos acusam de sermos fascistas. O fascismo é atuação em grupo de forma violenta. Quem é que no Vox, em toda a Espanha, utilizou esses métodos?" diz, acusando a esquerda de radicalismo político.

"Quem está a utilizar tudo isso é a esquerda. Nós somos gente com senso comum, que respeita a lei, defende a liberdade económica e que protege a propriedade", diz o dirigente do Vox.

"Fascismo existe na Catalunha. Isso é que é fascismo. Os independentistas criaram ruído e fumo para ocultarem toda uma situação corrupta e de incumprimento da lei. É gente que pensa que está por cima da lei. Isso não é o Vox, isso é o Torra (presidente do Governo Autónomo da Catalunha) que é um xenófobo e um racista que considera os espanhóis umas bestas", critica.

Espanha vai a votos no próximo domingo, pela quarta vez em quatro anos.

As eleições foram convocadas em setembro pelo rei de Espanha, depois de constatar que Pedro Sánchez não conseguiu reunir os apoios suficientes para ser investido primeiro-ministro pela maioria absoluta dos deputados ou, numa segunda volta, apenas pela maioria simples.

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