As sanções revelam, de acordo com uma declaração do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Teerão, "o desespero e a incapacidade dos EUA de usar a diplomacia ou soluções lógicas".

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abas Musaví, insistiu que esta medida enquadra-se na "abordagem de assédio dos EUA a outros países em relação a importantes questões internacionais".

"O vício do regime norte-americano em sanções unilaterais", denunciou Abas Musaví, serve apenas para os Estados Unidos "escaparem da frustração causada pelo fracasso contra a vontade de ferro da nação iraniana".

Os Estados Unidos impuseram na segunda-feira sanções financeiras contra nove figuras do círculo mais próximo do guia supremo iraniano Ali Khamenei, que ocupam posições em várias institucionais fundamentais do Irão, anunciou o Departamento do Tesouro norte-americano.

O anúncio do Departamento do Tesouro norte-americano (equivalente ao Ministério das Finanças) surge por ocasião do 40.º aniversário da crise de reféns na embaixada dos Estados Unidos em Teerão.

"Esta medida reduz ainda mais a capacidade do guia supremo de aplicar a sua política de terror e de opressão", afirmou o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, num comunicado, referindo ainda que os elementos visados "estão ligados a um grande número de atos nefastos realizados pelo regime".

Em junho passado, a administração norte-americana liderada pelo Presidente Donald Trump já tinha imposto restrições financeiras ao próprio ayatollah Ali Khamenei.

Entre os elementos visados pelas sanções (congelamento de bens nos EUA e proibição de transações negociais com cidadãos norte-americanos) está o chefe do sistema judicial do Irão, Ebrahim Raisi, e o segundo filho do guia supremo, Mojtaba Khamenei, sobre o qual, segundo o Tesouro norte-americano, o pai delegou várias responsabilidades.

A par de outros conselheiros, Washington também colocou na 'lista negra' o chefe de gabinete do ayatollah, Mohammad Mohammadi Golpayegani, e aquele que é considerado como o "braço direito" do guia supremo iraniano, Vahid Haghanian.

Estas novas sanções juntam-se a uma lista significativa de medidas restritivas impostas pelos Estados Unidos desde que Trump decidiu abandonar unilateralmente, em maio de 2018, o acordo internacional sobre o dossiê nuclear iraniano.

A economia iraniana tem sido fortemente penalizada por causa da reposição das sanções norte-americanas.

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