Meteorologia

  • 15 OCTOBER 2024
Tempo
19º
MIN 18º MÁX 21º

"Sou contra quaisquer linhas divisórias ou 'Cortinas de Ferro'"

30 anos depois da queda do Muro de Berlim, Mikhail Gorbachev alertou contra a construção de muros físicos ou invisíveis entre a Rússia e o Ocidente. Acredita que não estamos perante uma repetição da Guerra Fria.

"Sou contra quaisquer linhas divisórias ou 'Cortinas de Ferro'"
Notícias ao Minuto

17:41 - 31/10/19 por Fábio Nunes

Mundo Mikhail Gorbachev

No dia 9 de novembro de 2019 assinala-se uma importante efeméride. Vão-se comemorar 30 anos da queda do Muro de Berlim, um momento que ficou para a história e no qual Mikhail Gorbachev teve um papel essencial. O antigo líder da União Soviética sabe do que fala quando comenta a barreira que aos poucos parece estar a ser erguida entre a Rússia e o Ocidente.

Numa entrevista concedida à Reuters, a propósito do 30º aniversário da queda do Muro de Berlim, Gorbachev deixou um aviso relativamente à construção de muros físicos ou invisíveis semelhantes ao Muro de Berlim entre Moscovo e o mundo ocidental.

“Qualquer muro é uma tentativa de alguém se isolar de um problema real, não o resolvendo, e é por isso que eu sou contra muros. E na Europa, sou contra quaisquer linhas divisórias ou ‘Cortinas de Ferro’”, afirmou o antigo líder soviético, que ainda assim acredita que não estamos perto de assistir a uma repetição da Guerra Fria.

“Independentemente do quão perigosa é a atual situação, eu não acredito que seja uma repetição da Guerra Fria. Não há uma luta ideológica entre a Rússia e o Ocidente. Mas há ligações económicas, liberdade de movimentação, comunicação e convergência cultural. Por isso, estou convencido que uma nova Guerra Fria pode ser evitada”, esclareceu Gorbachev.

No decurso da entrevista, também deixou críticas à decisão dos Estados Unidos de rasgarem o tratado que proibia os mísseis de alcance intermédio (Intermediate-range Nuclear Forces Treaty) e que assinou em 1987 juntamente com o então presidente norte-americano Ronald Reagan.

Gorbachev considerou que a decisão de Trump de retirar os Estados Unidos do pacto “não foi o trabalho de uma grande mente”.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório