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Erdogan afirma que não deixará membros do EI sair do nordeste sírio

O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou hoje que o seu país vai impedir os combatentes do Estado Islâmico (EI) de deixarem o nordeste da Síria, onde o exército turco está a conduzir uma ofensiva contra as forças curdas.

Erdogan afirma que não deixará membros do EI sair do nordeste sírio
Notícias ao Minuto

10:06 - 15/10/19 por Lusa

Mundo Síria

"Vamos garantir que nenhum combatente do EI deixe o nordeste da Síria", escreveu Erdogan num fórum do diário norte-americano Wall Street Journal.

O líder turco quer aliviar as preocupações dos ocidentais que temem o ressurgimento do EI e a fuga dos seus combatentes mantidos pelas milícias curdas das Unidades de Proteção Popular (YPG), que são alvo da ofensiva lançada na quarta-feira por Ancara no nordeste da Síria.

"Estamos prontos para cooperar com países de origem e organizações internacionais para a reabilitação de mulheres e filhos de combatentes terroristas estrangeiros", acrescentou.

A Turquia acusou na segunda-feira as forças curdas de libertarem deliberadamente membros do EI, que mantinham detidos no nordeste da Síria, para "semear o caos" na região.

Numa publicação no Twitter, o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também pareceu levantar esta suposição na segunda-feira, dizendo que "os curdos podem estar a libertar alguns deles (membros do EI) para forçar o envolvimento" dos EUA no conflito.

Entretanto, na noite de segunda-feira, o ministro da Defesa dos Estados Unidos, Mark Esper, denunciou a ofensiva turca na Síria como "inaceitável", dizendo que esta operação resultou na "libertação de muitos detidos perigosos" do EI.

No seu texto, Erdogan também criticou os países ocidentais que "hoje dão lições à Turquia sobre as virtudes do combate ao EI após não interromper o fluxo de combatentes estrangeiros em 2014 e 2015".

Assim, o Presidente declarou, a título de exemplo, que o cidadão de um país europeu - o qual não mencionou - chegou a Istambul em 2014 "com munição na bagagem despachada".

Erdogan também atacou a França por suspender a venda para a Turquia de armas que provavelmente serão usadas como parte da ofensiva na Síria.

"A França bloqueou a venda de armas para a Turquia, mas porque ignorou os nossos repetidos avisos de ataques terroristas iminentes [no seu solo]?", questionou.

O Presidente da França, Emmanuel Macron, que critica a ofensiva turca desde o seu lançamento, insistiu na segunda-feira com Trump, durante uma conversa por telefone, sobre a "necessidade absoluta de impedir o ressurgimento" do EI, segundo uma nota do Palácio do Eliseu.

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