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Moscovo e Ancara partilham "preocupações sérias" com situação em Idlib

Rússia e Turquia partilham "preocupações sérias" com a situação na região síria de Idlib (noroeste), palco de intensos combates, declarou hoje o Presidente russo, Vladimir Putin, após um encontro com o seu homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan.

Moscovo e Ancara partilham "preocupações sérias" com situação em Idlib
Notícias ao Minuto

17:13 - 27/08/19 por Lusa

Mundo Síria

"A situação na 'zona de distensão' de Idlib causa-nos sérias preocupações, bem como aos nossos parceiros turcos", declarou Putin durante uma conferência de imprensa com Erdogan à margem de um salão aeronáutico perto de Moscovo, adiantando ter evocado "outras medidas comuns" para "normalizar" a situação, sem dar mais pormenores.

O presidente da Turquia, por seu turno, advertiu que Ancara "tomará todas as medidas necessárias" para proteger as suas tropas destacadas em Idlib.

"A situação é tão complicada que neste momento os nossos militares estão em perigo. Não queremos que isto continue. Tomaremos oportunamente todas as medidas necessárias", declarou Erdogan.

Com a ajuda da aviação russa, as forças pró-governamentais sírias recuperaram nos últimos dias várias localidades na região de Idlib, continuando a ofensiva a ofensiva terrestre lançada a 8 de agosto após quatro meses de bombardeamentos quase diários.

Uma parte da província de Idlib e setores adjacentes das províncias de Alepo e Latáquia são dominados pelos 'jihadistas' do Hayat Tahrir al-Sham (HTS, ex-ramo sírio da Al-Qaida), estando também presentes grupos rebeldes, alguns apoiados pela Turquia.

Na sexta-feira, Putin e Erdogan tinham acordado num contacto telefónico "intensificar os seus esforços comuns" na província de Idlib (noroeste), no mesmo dia em que as forças do regime sírio cercaram um posto de observação do exército turco perto da região.

Fronteiriça à província de Idlib, a Turquia apoia alguns grupos rebeldes sírios e interveio militarmente no conflito contra os curdos sírios e 'jihadistas'. Há cerca de dois anos que tem tropas destacadas em 12 postos de observação nas províncias de Idlib e Hama.

O encontro de hoje ocorre a duas semanas da cimeira de Ancara, marcada para 16 de setembro, entre os presidentes da Rússia, Irão e Turquia, três países que desempenham um importante papel na guerra que tem destruído a Síria desde 2011.

Desde o final de abril, os bombardeamentos do regime e do aliado russo mataram cerca de 900 civis na região de Idlib, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos. A ONU indicou que 400.000 pessoas tiveram de abandonar as suas casas.

Desencadeada em 2011 pela repressão pelo poder de manifestações pró-democracia, a guerra na Síria já causou mais de 370.000 mortos e milhões de deslocados e refugiados.

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