Presidentes do Uganda e Ruanda comprometidos com nova fase das relações
Os Presidentes do Uganda e do Ruanda comprometeram-se hoje a adotar e acompanhar as orientações do Memorando de Entendimento de Luanda, destinado a ajudar a ultrapassar os problemas que os dois países enfrentavam.
© Reuters
Mundo Angola
O compromisso foi expresso pelos Presidentes do Uganda, Yoweri Museveni, e do Ruanda, Paul Kagamé, em conferência de imprensa, após a assinatura do acordo alcançado com o apoio dos Presidentes de Angola, João Lourenço, e da República Democrática do Congo (RDCongo), Félix Tshissekedi.
Yoweri Museveni agradeceu a intervenção de Angola e da RDCongo, salientando que o diálogo com o seu homólogo do Ruanda já vem sendo feito, através dos seus próprios canais, e que o acordo representa apenas "um reforço".
"Os princípios não são novos, são os da União Africana, pois somos uma família e vivemos sempre desta maneira, como família", disse o chefe de Estado do Uganda.
Por sua vez, Paul Kagamé agradeceu igualmente o esforço e colaboração de Angola e da RDCongo, "pelo trabalho, bem como pelo aconselhamento sábio, que colocaram ao serviço deste processo".
"Tivemos a oportunidade de forma extensiva e abrangente discutir muitas questões da maneira que entendíamos que estava na base deste problema e daí resultou no comunicado e Memorando de Entendimento que celebramos hoje, que traçam o caminho a seguir, à medida que vamos continuar a tentar resolver tais problemas", disse.
Segundo Paul Kagamé, o Ruanda compromete-se a implementar o acordo, garantindo que ambos os Presidentes não irão "claudicar em respeitar àquilo que está plasmado no comunicado".
O chefe de Estado ruandês acrescentou que ambos também não vão querer "desrespeitar os líderes e irmãos" que os puseram "à mesma mesa para alcançar este entendimento".
"Não julgo que seja bastante difícil esbater alguns dos problemas que nós temos", frisou.
As relações entre Uganda e Ruanda deterioraram-se nos últimos meses, ao ponto de fazer com que ex-aliados se acusassem de espionagem, assassinato político e interferência nos assuntos internos.
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