O diplomata, Tim Richardson, foi intimado depois de a delegação norte-americana publicar um mapa com o itinerário da marcha da oposição nas avenidas da capital russa na sua conta na Internet e no Twitter, segundo um comunicado do ministério russo.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia considerou que publicar o referido programa preparado pelos organizadores de um evento ilegal e o apelo para participar nele constitui "uma tentativa de interferir nos assuntos internos" da Rússia.
Mais cedo, a porta-voz do ministério russo, Maria Zakhrova, acusou a embaixada dos EUA de interferir na vida política nacional apoiando manifestações da oposição.
A porta-voz reclamou que "os líderes dos Estados Unidos pediram repetidamente à Rússia que se abstivesse de interferir nos seus assuntos internos" e considerou que "deveria haver algum tipo de paridade, algum tipo de respeito mútuo".
Esse caso foi aproveitado pelos deputados da Duma (Parlamento) para anunciar que abririam uma investigação sobre a suposta interferência estrangeira nas eleições russas.
O encarregado de negócios da embaixada alemã também foi chamado na quinta-feira pelo ministério russo devido a cobertura da televisão alemã Deutsche Welle, que Moscovo acusou de apelar abertamente aos moscovitas para saírem às ruas para protestar.
A 3 de agosto, protestos pacíficos da oposição no centro de Moscovo terminaram com mais de mil manifestantes detidos.
Os protestos das últimas semanas em Moscovo eclodiram depois de as autoridades moscovitas se recusarem a registar alguns candidatos à oposição às eleições municipais.