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Fim do tratado de desarmamento nuclear é "grave" sobretudo para europeus

O coronel Nuno Lemos Pires, professor da Academia Militar, disse hoje ser "grave, fundamentalmente para os europeus" o fim do tratado de desarmamento nuclear (INF) entre os Estados Unidos e a Rússia, anunciado pela NATO.

Fim do tratado de desarmamento nuclear é "grave" sobretudo para europeus
Notícias ao Minuto

15:13 - 02/08/19 por Lusa

Mundo Especialista

"A insegurança aumenta e podemos estar mais próximos do uso de armas nucleares, é verdade, infelizmente", declarou à agência Lusa o especialista em segurança e defesa e sub-diretor-geral de Política de Defesa Nacional, embora adiantando que "ninguém está interessado numa corrida aos armamentos" e que "o fim dos tratados não quer dizer fim das negociações".

A Aliança Atlântica declarou hoje o "desaparecimento" do INF, que limitava a corrida ao armamento, proibindo o uso de mísseis com alcance entre os 500 e os 5.500 quilómetros.

Lemos Pires assinalou que o tratado, de 1987, foi uma conquista "muito importante" na história do mundo, lembrando que existiu o "risco de nos podermos matar rapidamente uns aos outros", com mísseis russos de um lado e norte-americanos de outro, que "chegavam a Portugal" de qualquer um dos lados.

A NATO disse que a "Rússia é a única responsável" pelo desaparecimento do INF, por não ter destruído o novo sistema de mísseis, enquanto Moscovo acusa os Estados Unidos.

Para o coronel Lemos Pires, "parece evidente que a Rússia de facto violou o tratado", porque possui mísseis com um alcance superior aos 500 quilómetros, o que "é relativamente observável" em "manifestações públicas" dos batalhões com tal equipamento.

Mas o professor da Academia Militar considera haver "uma acusação que a Rússia faz e que tem razão", sobre o tratado estar "obsoleto" por não incluir a China, na sua fronteira e que tem um potencial de armamento e "equipamentos entre os 5.000 e 5.500 quilómetros (de alcance)".

Declarando esperar que não aconteça uma corrida ao armamento, Lemos Pires considerou que a "Europa tem que manter o que está a fazer".

Ao nível da política entre aliados "não permitir que existam ameaças dessas (nucleares) para o seu solo europeu" e, ao mesmo tempo, ter uma atitude aberta e "uma linguagem de diálogo para poder haver encontros de uns e de outros".

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