RDCongo tenta controlar Ébola após morte de doente em cidade

O Ministério de Saúde da República Democrática do Congo informou hoje que está a tentar vacinar uma centena de pessoas que contactaram com o pastor evangelista infetado com o vírus do Ébola que morreu em Goma.

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Lusa
17/07/2019 12:46 ‧ 17/07/2019 por Lusa

Mundo

Saúde

Situada no nordeste do país, a cidade de Goma, capital da província do Kivu Norte, tem mais de um milhão de habitantes e as autoridades temem a propagação rápida da doença.

Segundo um comunicado do ministério da Saúde, na segunda-feira foram vacinadas 37 pessoas que mantiveram contactos de alto risco com o paciente, entretanto falecido na terça-feira, e 40 outras com contactos confirmados com o centro de saúde de Afia Himbi, onde o pastor foi acolhido antes de ser transferido para o centro de tratamento de Ébola em Butembo.

"No total, foram registados 97 contactos até ao momento. A vacinação continuará até que todos os contactos identificados sejam imunizados", adiantaram as autoridades congolesas.

O pastor evangelista infetado com o vírus Ébola chegou no domingo, de autocarro, a Goma e morreu quando estava a ser transferido para o centro de tratamento de Ébola em Butembo.

O primeiro caso confirmado da infeção pelo vírus do Ébola numa grande cidade da RDCongo, com um aeroporto internacional e próxima da fronteira com o Ruanda, aumentou a preocupação de que a doença possa alastrar a outras cidades e mesmo aos países vizinhos.

Até 15 de julho, foram registadas 1.676 mortes (1.582 confirmadas laboratorialmente) devido à epidemia de Ébola na RDCongo, tendo sido contabilizados 2.512 casos suspeitos (2.418 confirmados), segundo os dados oficiais mais recentes.

A epidemia foi declarada a 01 de agosto nas províncias do Kivu Norte e Ituri.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) convocou para hoje uma reunião do seu Comité de Emergência para reavaliar a situação.

A decisão surge depois da confirmação da chegada da doença a Goma, a cidade mais povoada e estratégica das afetadas até agora, situada a cerca de 20 quilómetros da fronteira com o Ruanda, o que aumenta o risco de propagação da epidemia.

O Comité deve fazer uma recomendação formal ao diretor da OMS para que seja mantido ou elevado o nível de alerta para emergência sanitária internacional.

A epidemia, a décima e mais mortal na história da RDCongo, é a primeira que afeta uma zona em conflito - o nordeste do país - onde coexistem mais de uma centena de grupos armados, o que dificulta o trabalho das equipas médicas.

O vírus do Ébola transmite-se através do contacto direto com sangue e fluidos corporais contaminados, provoca febre hemorrágica e pode chegar a uma taxa de mortalidade de 90%.

 

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