Reforçado apoio na fronteira do Peru para atender migrantes venezuelanos
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) reforçou o apoio às autoridades peruanas na fronteira entre o Equador e o Peru, a braços com um fluxo sem precedentes de migrantes e refugiados venezuelanos.
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Mundo ACNUR
Na sexta-feira, véspera de entrar em vigor a necessidade de visto humanitário para os venezuelanos que entram no Peru, registaram-se mais de 8.000 entradas no país.
Segundo organizações peruanas ligadas às migrações, citadas pela agência de notícias Efe, foram mais de 9.000 os venezuelanos que entraram só na sexta-feira.
Em qualquer dos casos trata-se de números recorde para um único dia, desde que se acentuou a crise na Venezuela há três anos, durante os quais mais de quatro milhões de venezuelanos abandonaram o país.
O ACNUR indicou que tem registos de que pelo menos 4.700 dos venezuelanos que chegaram ao Peru na sexta-feira apresentaram pedidos de asilo para serem reconhecidos como refugiados, o que também representa um recorde.
Ao todo, o Peru já recebeu 280.000 pedidos de asilo por parte de cidadãos venezuelanos e emitiu autorizações de residência para mais de 390.000, de um total de 800.000 venezuelanos que se estima estejam no país.
As equipas do ACNUR na fronteira têm testemunhado o estado dramático em que chegam muitos venezuelanos, alguns dos quais tiveram de caminhar entre 30 a 40 dias para chegar à fronteira do Peru, o que levou a que se multiplicassem os casos de subnutrição, desidratação e problemas de saúde entre os venezuelanos.
As autoridades peruanas estão a trabalhar 24 horas por dia para atender à situação, diz o ACNUR, citado pela Efe.
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