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Holândes morre em confronto após 12 anos de cativeiro nas Filipinas

Um ornitólogo holandês, refém desde 2012 do grupo extremista islâmico Abu Sayyaf, morreu hoje durante uma troca de tiros entre os seus raptores e militares no sul das Filipinas, declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Holanda.

Holândes morre em confronto após 12 anos de cativeiro nas Filipinas
Notícias ao Minuto

11:33 - 31/05/19 por Lusa

Mundo Ewold Horn

"Depois de ser refém por mais de sete anos nas Filipinas, o holandês Ewold Horn, de 59 anos, morreu hoje nas Filipinas. Foi morto numa troca de tiros", afirmou Ministério à agência de notícias AFP, referindo ainda que "investiga as circunstâncias precisas" da morte.

O general filipino Divino Rey Pabayo disse que Horn foi morto por um dos seus raptores quando tentava fugir durante os confrontos que duraram uma hora e meia na ilha de Jolo, reduto do movimento Abu Sayyaf.

"Horn foi atingido por um de seus guardas enquanto tentava fugir durante os tiroteios desta manhã", disse o general num comunicado.

Esta versão dos factos ainda não pôde ser verificada.

"Estou chocado com este resultado trágico", disse o ministro holandês dos Negócios Estrangeiros, Stef Blok, à agência de notícias ANP.

"Estou em contacto com a família e pedirei aos meus colegas filipinos para esclarecer as circunstâncias da morte de Ewold", acrescentou Blok.

Em fevereiro de 2012, Ewold Horn e o suíço Lorenzo Vinciguerra fizeram uma expedição para fotografar aves raras no arquipélago isolado de Tawi-Tawi, perto da ilha de Jolo, no sul das Filipinas, quando foram raptados por homens armados desconhecidos e posteriormente entregues ao grupo de Abu Sayyaf.

Lorenzo Vinciguerra conseguiu escapar em dezembro de 2014 durante combates em Jolo e, posteriormente, foi encontrado por soldados.

Em 2017, o Abu Sayyaf decapitou o alemão Jurgen Kantner, de 70 anos, por não conseguir o pagamento de cerca de 600 mil dólares. O alemão foi raptado quando estava a bordo do seu iate.

No ano seguinte, dois reféns canadianos foram sequestrados de uma marina numa ilha turística e sofreram o mesmo destino. Mais uma vez, o dinheiro não havia sido pago.

O Governo filipino reconheceu em 2017 que o Abu Sayyaf estava equipado com lanchas de alta velocidade para sequestrar pessoas longe da sua base, sendo barcos que a marinha e a guarda costeira filipina não conseguem alcançar.

O Abu Sayyaf é uma ramificação extremista do movimento separatista muçulmano filipino que já matou mais de 100.000 pessoas desde os anos de 1970, num país que é maioritariamente de católicos.

Considerado uma organização terrorista pelos Estados Unidos, o grupo foi fundado no início dos anos 90 com recursos da rede Al-Qaida e prometeu fidelidade ao Estado Islâmico (EI).

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