França tem "indício" do uso de armas químicas em Idlib, diz MNE francês
A França tem um "indício" sobre o uso de armas químicas na província de Idlib, noroeste da Síria, anunciou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Yves Le Drian.
© Reuters
Mundo Jean-Yves Le Drian
"Temos um indício do uso de armas químicas na província de Idlib, mas por enquanto não há verificação", indicou o chefe da diplomacia francesa sem adiantar mais detalhes, perante a Comissão dos Negócios Estrangeiros da Assembleia Nacional.
Os Estados Unidos divulgaram em 22 de maio "indicações" de que o regime do Presidente sírio, Bashar al-Assad, alegadamente realizou "um ataque" de cloro em 19 de maio no noroeste da Síria, ameaçando exercer represálias.
O Presidente dos EUA, Donald Trump, fez do uso de armas químicas uma linha vermelha e já ordenou dois ataques contra alvos do regime de Damasco: em abril de 2017, em retaliação a um ataque mortal com gás sarin em Khan Shaykhun e um ano depois, com a França e o Reino Unido, em resposta a um ataque químico contra civis em Douma.
"Somos cautelosos porque consideramos que o uso de armas químicas deve ser comprovado e deve ser letal para que possamos reagir naquele momento", acrescentou Jean-Yves Le Drian, lembrando que o Presidente francês, Emmanuel Macron, também fez do seu trabalho uma linha vermelha.
As autoridades sírias negaram sempre qualquer responsabilidade.
O regime do Presidente Bashar al-Assad e o seu aliado russo intensificaram desde o final de abril os bombardeamentos contra a província de Idlib e os territórios rebeldes adjacentes, como o norte da província de Hama, controlados pelo Hayat Tahrir al-Sham (HTS, antigo ramo sírio da Al-Qaida) e por outros grupos extremistas.
A província de Idlib foi alvo de um acordo em setembro de 2018 entre Moscovo e Ancara, que apoia alguns grupos rebeldes, sobre uma "zona desmilitarizada" em Idlib, que devia separar os territórios dos insurgentes das zonas governamentais e garantir uma paragem das hostilidades na região.
A Síria tem sido devastada por uma guerra que começou em meados de 2011 e já causou mais de 370.000 mortos e milhões de deslocados e refugiados.
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