Os procuradores suecos emitiram esta segunda-feira um mandado de detenção para Julian Assange devido à sua ausência durante a investigação levada a cabo sobre uma alegada violação.
Num anúncio feito esta manhã, a subdiretora do Ministério Público, Eva-Marie Persson referiu um comunicado, citado pelo meio de comunicação de serviço público sueco SVT: "Requeremos ao Tribunal Distrital que detenha Assange na sua ausência, por suspeita de causa provável de violação. Se o tribunal decidir detê-lo, emitirei um Mandado de Detenção Europeu para que se entregue na Suécia".
"No caso de existir um conflito entre um Mandado de Detenção Europeu e o pedido de extradição feito pelos Estados Unidos, serão as autoridades do Reino Unido a decidir a ordem de prioridade", informou ainda.
O Ministério Público sueco reabriu a investigação às alegações contra Assange a semana passada, após este ter sido expulso da embaixada equatoriana.
As acusações remontam a 2010 mas os procuradores suecos deixaram cair o caso em 2017, por ausência de novas provas e por não ser possível interrogar o fundador da WikiLeaks, que na altura vivia em exílio na embaixada equatoriana em Londres.
O fundador do WikiLeaks está de momento a cumprir uma sentença de 50 semanas, após ter sido detido na embaixada equatoriana em Londres, em abril, por ter violado a sua a liberdade condicional.
Assange enfrenta ainda acusações de conspiração por ter divulgado segredos do governo norte-americano. A justiça britânica irá decidir se extradita Assange para os Estados Unidos, onde o cofundador do Wikileaks enfrenta uma pena até cinco anos de prisão se for condenado pelas acusações.
[Notícia atualizada às 8h10]