Trump aconselha a China a não retaliar tarifas sobre produtos chineses
O Presidente dos EUA, Donald Trump, aconselhou hoje a China a não retaliar contra a imposição de novas tarifas nas importações de produtos chineses, para evitar uma escalada de tensão na guerra comercial entre os dois países.
© Reuters
Mundo Estados Unidos
Este fim-de-semana, a China ameaçou responder com novas tarifas sobre importações desde os EUA à decisão norte-americana de aumentar, com início na passada sexta-feira, entre 10% a 25% as taxas sobre as importações de produtos chineses.
Na sua conta pessoal da rede social digital Twitter, Trump disse hoje que a China "será fortemente ferida" se não aceitar um novo acordo comercial.
"A China beneficiou durante muitos anos das relações com os EUA", escreveu o Presidente Trump, acrescentando que uma ameaça de retaliação sobre o aumento de tarifas decretado pelo seu governo apenas levará a um crescendo de tensão política entre os dois países.
Trump recordou que a China tem mais a perder do que os EUA, na escalada de tarifas alfandegárias, até porque muitas empresas norte-americanas irão agora "comprar a partidos de países sem taxas ou a comprar produtos dentro dos Estados Unidos".
Their is no reason for the U.S. Consumer to pay the Tariffs, which take effect on China today. This has been proven recently when only 4 points were paid by the U.S., 21 points by China because China subsidizes product to such a large degree. Also, the Tariffs can be.....
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 13 de maio de 2019
"Por isso é que a China quer tanto fazer um acordo connosco", concluiu Donald Trump, na sua conta de Twitter.
"Eu já disse abertamente ao Presidente Xi (Jinping) e a todos os meus muitos amigos na China que a China será fortemente ferida se não fizer um acordo, porque as empresas vão ser obrigadas a trocar a China por outros países", disse o Presidente dos EUA.
"Tiveram um grande acordo, quase fechado, e recuaram", lamentou Donald Trump, referindo-se à ronda de negociações que aconteceu nas duas passadas semanas, com delegações dos dois países a reunir em Pequim e Washington.
As reuniões foram inconclusivas e revelaram um impasse no conflito comercial entre as duas maiores potências económicas mundiais, que se arrasta há cerca de dois anos.
Entre as principais divergências à volta do novo acordo comercial, encontram-se os temas da proteção dos direitos de patentes e da transferência forçada de tecnologia.
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