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PM italiano exige saída de secretário de Estado acusado de corrupção

O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, exigiu hoje a saída do Governo de um secretário de Estado da Liga (extrema-direita) acusado de corrupção e no centro de fortes tensões com o Movimento 5 Estrelas (M5S, antissistema), parceiro de coligação.

PM italiano exige saída de secretário de Estado acusado de corrupção
Notícias ao Minuto

20:01 - 02/05/19 por Lusa

Mundo Giuseppe Conte

"Vou inscrever na ordem do dia do próximo conselho de ministros a minha proposta de revogar a nomeação" de Armando Siri, anunciou Conte numa declaração à imprensa.

"Mas isso não quer dizer que eu pense que Armando Siri é culpado", frisou, instando a Liga a evitar "uma reação corporativista" e o M5S a coibir-se de "reivindicar uma vitória política".

Siri, secretário de Estado ligado ao Ministério das Infraestruturas e dos Transportes, próximo de Matteo Salvini, o líder da Liga, é acusado de ter recebido 30.000 euros ou lhe ter sido prometido que os receberia por um empresário, Paolo Franco Arata, para fazer adotar alterações legislativas favoráveis aos negócios deste último na área da energia eólica.

Além disso, a justiça italiana acusa Arata de ter negócios com Vito Nicastri, um siciliano cuja prisão por cumplicidade mafiosa é pedida pelo ministério público de Palermo.

Em nome da "honestidade" que foi durante muito tempo o principal 'slogan' do M5S, o seu líder, Luigi Di Maio, vice-primeiro-ministro, exigiu a demissão de Siri.

Mas Salvini, também vice-primeiro-ministro, opôs-se-lhe firmemente recordando que, até prova em contrário, o secretário de Estado é inocente.

Alguns minutos antes da declaração do chefe do Governo italiano, Armando Siri divulgou um comunicado reafirmando a sua inocência e garantindo que o processo poderá ser rapidamente arquivado após a sua audição pelos investigadores.

Na nota de imprensa, o secretário de Estado propõe-se ainda demitir-se se não for ouvido num prazo de 15 dias.

"Devemos ser credíveis e responsáveis. Quer nos demitamos, quer não nos demitamos", comentou Giuseppe Conte para explicar a sua decisão.

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