O cidadão americano, Omar Shakir, acusado de "apoiar o boicote de Israel", tinha até esta quarta-feira que abandonar o país após um tribunal israelita ter aprovado em meados de abril uma decisão do Ministério do Interior que ordenava a sua deportação em 2018.
Segundo o seu advogado, Michael Sfard, o diretor regional da HRW recorreu da decisão para o Supremo Tribunal, e em 30 de abril a instituição autorizou que a concretização da expulsão fosse adiada por uma semana.
Este atraso deve permitir ao Ministério do Interior responder ao apelo de Omar Shakir, disse o advogado acrescentando que, depois de 07 de maio, o Supremo Tribunal "pode em teoria decidir" estender o prazo.
Em 09 de maio de 2018, o Ministério do Interior anunciou o fim da permissão de residência de Omar Shakir com base na informação de que Shakir é "durante anos um ativista do BDS (Boicote, Desinvestimento, Sanções) apoiando o boicote de Israel de maneira ativa".
O BDS é uma campanha mundial de boicote económico, cultural ou científico a Israel, destinada a acabar com a ocupação e a colonização dos territórios palestinianos.
O parlamento aprovou uma lei em 2017 que proíbe a entrada no território de qualquer residente não-israelita ou não permanente que tenha pedido um boicote contra Israel.
A organização não-governamental HRW negou que Omar Shakir apoie o BDS.
"Na realidade, trata-se de tentar amordaçar a Human Rights Watch e silenciar as críticas contra o mau registo histórico de Israel em termos de direitos humanos", realçou Omar Shakir em maio de 2018, à agência de notícias France-Presse.