"É muito clara a nossa posição, desejamos que haja diálogo, que se respeitem os direitos humanos, que não se aposte na violência em todos os países do mundo, porque o respeito pelos direitos dos outros é a paz", disse o chefe de Estado do México em conferência de imprensa.
Esta posição dá continuidade ao discurso em matéria de política externa de López Obrador desde que chegou ao poder, a 01 de dezembro de 2018, que passa pela não-interferência nos conflitos internos de outros países.
Após a autoproclamação de Guaidó como Presidente interino da Venezuela, em janeiro deste ano, o Governo mexicano distanciou-se da maioria dos países americanos e apostou numa posição de neutralidade em relação à crise venezuelana, apelando para uma solução política para o conflito, o que na prática implicou manter o reconhecimento de Nicolás Maduro como legítimo chefe de Estado da Venezuela.
O autoproclamado Presidente da Venezuela, Juan Guaidó, anunciou hoje que os militares deram "finalmente e de vez o passo" para o acompanhar e conseguir "o fim definitivo da usurpação" do Governo do Presidente Nicolás Maduro.
Maduro, por seu turno, assegurou que conta com a "total lealdade" dos líderes militares do país face ao levantamento, que o seu ministro da defesa tinha já dito ser um ato envolvendo "um reduzido grupo de militares traidores" que estavam a ser neutralizados.