Bolsonaro disse que Holocausto pode ser "perdoado". Museu discorda
O Museu do Holocausto sublinhou que "não é direito de ninguém determinar se crimes do Holocausto podem ser perdoados".
© Getty Images
Mundo Bolsonaro
Nesta quinta-feira, Jair Bolsonaro voltou a fazer uma afirmação polémica. O presidente brasileiro recordou a visita a Israel e a sua passagem pelo Museu do Holocausto durante um encontro com evangélicos no Rio de Janeiro. “Fui, mais uma vez, ao Museu do Holocausto. Nós podemos perdoar, mas não podemos esquecer”, realçou.
No entanto, a frase não caiu bem e já gerou algumas reações, conta o Folha de São Paulo. O Museu do Holocausto Yad Vashem divulgou um comunicado este sábado no qual salienta que “não é direito de ninguém determinar se os crimes hediondos do Holocausto podem ser perdoados”.
O museu dedicado a homenagear as vítimas e os que combateram o genocídio destacou que “tem trabalhado para manter a lembrança do Holocausto viva e relevante para o povo judeu e toda a humanidade”.
O presidente de Israel, Reuven Rivlin, também respondeu no Twitter. “Vamos sempre opor-nos aos que negam a verdade ou que desejam expurgar a nossa memória – nem indivíduos ou grupos, nem líderes de partidos ou primeiros-ministros. Nós nunca vamos perdoar ou esquecer”.
What Amalek did to us inscribed in our memory, the memory of an ancient people. We will always oppose those who deny the truth or those who wish to expunge our memory – not individuals or groups, not party leaders or prime ministers. We will never forgive and never forget
— Reuven Rivlin (@PresidentRuvi) April 13, 2019
Quando visitou o Museu do Holocausto, Jair Bolsonaro chegou a dizer que o “nazismo foi um movimento de esquerda”, contrariando o que o próprio Yad Vashem defende.
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