Quase 50 migrantes resgatados por duas ONG iniciam greve de fome
Um grupo de 49 migrantes resgatados por duas organizações não-governamentais (ONG) no mar Mediterrâneo em dezembro e desembarcados em Malta iniciaram uma greve de fome para protestar contra a sua detenção naquela ilha.
© Reuters
Mundo Migrações
Em comunicado, a missão humanitária "Mediterranea Saving Humans" explicou hoje que essas pessoas sofrem uma situação de "detenção arbitrária" em Malta, onde desembarcaram em 09 de janeiro.
Segundo a agência de notícias Efe, a maioria dos migrantes permanecem desde há dois meses num centro de detenção para requerentes de asilo na cidade de Marsa, sul de Malta.
Esta missão humanitária, formada por associações italianas, indicou que vários migrantes iniciaram uma greve de fome na terça-feira "para protestar contra o regime de detenção" a que "foram ilegalmente submetidos".
A "Mediterranea Saving Humans" também pediu esclarecimentos sobre "os processos de realocação que os Estados membros estão a promover" para a sua distribuição, "através de mecanismos de seleção totalmente arbitrários".
Em 09 de janeiro, os 49 migrantes retidos em dois navios de organizações não-governamentais alemãs, Sea-Watch e Sea-Eye, desembarcaram em Malta após um acordo para os distribuir por mais oito países europeus, incluindo Portugal.
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