Meteorologia

  • 01 MAIO 2024
Tempo
12º
MIN 10º MÁX 16º

China avisa EUA de que fará "o que for necessário" para reunificar Taiwan

A China advertiu hoje os Estados Unidos de que vai fazer "o que for necessário" para salvaguardar a "reunificação nacional" e a sua integridade territorial, durante uma reunião entre altas patentes militares dos dois países, em Pequim.

China avisa EUA de que fará "o que for necessário" para reunificar Taiwan
Notícias ao Minuto

10:37 - 16/01/19 por Lusa

Mundo Pequim

Num diálogo com o almirante John Richardson, Chefe de Operações Navais da Marinha dos EUA, o general chinês Li Zuocheng, que chefia o Departamento de Estado-Maior Conjunto da Comissão Militar Central, reiterou que Taiwan é um "assunto interno" da China e que Pequim "não permitirá interferências do exterior".

"Se alguém tentar separar Taiwan da China, o exército chinês irá fazer o que for necessário para salvaguardar a reunificação nacional e a soberania e integridade territorial da China", afirmou Li, citado hoje num comunicado do ministério chinês da Defesa.

A advertência de Pequim surge após vários senadores e congressistas norte-americanos terem demonstrado o seu apoio a Taiwan, face à recusa do Presidente chinês, Xi Jinping, em renunciar ao uso da força para reunificar Taiwan com a China.

Num discurso proferido no início deste ano, Xi propôs a Taiwan a reunificação sob o princípio "um país, dois sistemas", que é aplicado na governação de Macau e Hong Kong, mas que foi imediatamente rejeitado pela presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen.

Pequim considera Taiwan uma província chinesa, e defende a "reunificação pacífica", mas ameaça "usar a força" caso a ilha declare independência.

Taiwan, ilha onde se refugiou o antigo governo chinês depois de o Partido Comunista tomar o poder no continente em 1949, assume-se como República da China, e funciona como uma entidade política soberana.

Para conseguir a reunificação, um objetivo reiterado em numerosas ocasiões por Xi, o presidente chinês disse: "Nós não prometemos renunciar ao uso da força e reservamo-nos a opção de tomar todas as medidas necessárias".

Também citado pelo ministério chinês da Defesa, Richardson afirmou que os EUA estão "dispostos" a trabalhar com a China para fortalecer o intercâmbio de alto nível entre os dois exércitos, a fim de "melhorar a compreensão mútua e reduzir mal-entendidos".

Nos últimos anos, Washington aprovou várias leis favoráveis a Taiwan, incluindo elevar o nível de contactos oficiais, acelerar a venda de armas para a ilha e intensificar os contactos militares.

E em 2018, pela primeira vez, os EUA criticaram os países que recentemente romperam laços diplomáticos com Taiwan e passaram a reconhecer Pequim como o governo legítimo de toda a China.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório