China avisa EUA de que fará "o que for necessário" para reunificar Taiwan
A China advertiu hoje os Estados Unidos de que vai fazer "o que for necessário" para salvaguardar a "reunificação nacional" e a sua integridade territorial, durante uma reunião entre altas patentes militares dos dois países, em Pequim.
© Reuters
Mundo Pequim
Num diálogo com o almirante John Richardson, Chefe de Operações Navais da Marinha dos EUA, o general chinês Li Zuocheng, que chefia o Departamento de Estado-Maior Conjunto da Comissão Militar Central, reiterou que Taiwan é um "assunto interno" da China e que Pequim "não permitirá interferências do exterior".
"Se alguém tentar separar Taiwan da China, o exército chinês irá fazer o que for necessário para salvaguardar a reunificação nacional e a soberania e integridade territorial da China", afirmou Li, citado hoje num comunicado do ministério chinês da Defesa.
A advertência de Pequim surge após vários senadores e congressistas norte-americanos terem demonstrado o seu apoio a Taiwan, face à recusa do Presidente chinês, Xi Jinping, em renunciar ao uso da força para reunificar Taiwan com a China.
Num discurso proferido no início deste ano, Xi propôs a Taiwan a reunificação sob o princípio "um país, dois sistemas", que é aplicado na governação de Macau e Hong Kong, mas que foi imediatamente rejeitado pela presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen.
Pequim considera Taiwan uma província chinesa, e defende a "reunificação pacífica", mas ameaça "usar a força" caso a ilha declare independência.
Taiwan, ilha onde se refugiou o antigo governo chinês depois de o Partido Comunista tomar o poder no continente em 1949, assume-se como República da China, e funciona como uma entidade política soberana.
Para conseguir a reunificação, um objetivo reiterado em numerosas ocasiões por Xi, o presidente chinês disse: "Nós não prometemos renunciar ao uso da força e reservamo-nos a opção de tomar todas as medidas necessárias".
Também citado pelo ministério chinês da Defesa, Richardson afirmou que os EUA estão "dispostos" a trabalhar com a China para fortalecer o intercâmbio de alto nível entre os dois exércitos, a fim de "melhorar a compreensão mútua e reduzir mal-entendidos".
Nos últimos anos, Washington aprovou várias leis favoráveis a Taiwan, incluindo elevar o nível de contactos oficiais, acelerar a venda de armas para a ilha e intensificar os contactos militares.
E em 2018, pela primeira vez, os EUA criticaram os países que recentemente romperam laços diplomáticos com Taiwan e passaram a reconhecer Pequim como o governo legítimo de toda a China.
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