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Vaticano pede a conferências episcopais que oiçam vítimas de abusos

O comité organizador da cimeira sobre abusos sexuais por parte do clero, que se realiza no Vaticano de 21 a 24 de fevereiro, pediu hoje aos presidentes das conferências episcopais de todo o mundo para ouvir as vítimas nos seus países.

Vaticano pede a conferências episcopais que oiçam vítimas de abusos
Notícias ao Minuto

13:59 - 18/12/18 por Lusa

Mundo Comité

Numa carta enviada a todas as conferências episcopais, a organização da cimeira apela a todos os participantes para "seguir o exemplo do papa Francisco e encontrarem-se pessoalmente com as vítimas de abusos antes da cimeira em Roma".

"O primeiro passo deve ser tomar consciência da verdade do que aconteceu. Por esta razão, pedimos a cada presidente da conferência episcopal que se aproxime e visite as vítimas que sofreram abusos do clero nos seus respetivos países, antes da reunião de Roma e ouvir, em primeira mão, o seu sofrimento", escrevem os membros do comité organizador escolhido por Francisco.

Na carta, a organização explica que "esses encontros pessoais são uma maneira concreta de reafirmar que os sobreviventes de abusos clericais são a prioridade de todos durante a reunião de fevereiro".

O papa Francisco escolheu para o comité organizador o arcebispo de Chicago (EUA), Blase J. Cupich; o arcebispo de Bombaim, Oswald Gracias, e duas figuras que têm protagonizado a batalha contra os abusos: o vice-secretário recém-nomeado da Congregação para a Doutrina da Fé, Charles Scicluna, e o presidente do Centro para a Proteção das Crianças da Pontifícia Universidade Gregoriana e membro da Comissão para a Tutela dos Menores, Hans Zollner.

Este grupo assina a carta para todos os presidentes das Conferências Episcopais, dizendo: "se no passado a omissão poderia ser uma forma de resposta, hoje queremos que a solidariedade, entendida no seu sentido mais profundo e desafiador, se torne a nossa maneira de fazer a história presente e futura".

"Se não existir uma resposta abrangente e comunitária, não só não conseguiremos curar as vítimas/sobreviventes do abuso, como a credibilidade da Igreja para levar a cabo a missão de Cristo estará em perigo ao redor do mundo", acrescenta.

A comunicação também contém um questionário em anexo que deve ser preenchido antes de 15 de janeiro e que pode fornecer "uma ferramenta para todos os participantes na reunião de fevereiro para expressar as suas opiniões de maneira construtiva e crítica à medida que avançam na identificação onde a ajuda é necessária para realizar reformas.

O comité organizador da cimeira pede a todos que assumam o desafio que a Igreja tem de unir "em solidariedade, humildade e penitência para reparar os danos causados, compartilhando um compromisso comum com a transparência e responsabilizando a todos na Igreja".

Segundo uma nota do Vaticano, "a reunião focará três temas principais: responsabilidade, assunção de responsabilidades e transparência, e os participantes trabalharão juntos para responder a este sério desafio".

Numa reunião sem precedentes, participarão, além dos representantes das 130 Conferências Episcopais, algumas vítimas de abusos por parte do clero, chefes das igrejas católicas do Oriente, responsáveis de dicastérios e representantes das uniões superiores generais tanto femininas como masculinas e membros da Comissão para a Proteção de Menores, entre outros.

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