Pamela Anderson e a razão da violência nos protestos dos coletes amarelos
"Em vez de nos deixarmos hipnotizar pelas imagens das chamas devemos colocar a questão de onde é que veio tudo isto", escreveu Pamela Anderson.
© Getty
Mundo Twitter
O último fim de semana ficou marcado pelas imagens de violência no protesto dos coletes amarelos em Paris.
O protesto começou por surgir online contra o aumento dos impostos sobre os combustíveis, mas tornou-se foco de violência nas últimas semanas. Neste momento é já a cada vez mais abalada popularidade do presidente francês Emmanuel Macron que está em causa.
Entre a reações e análises aos protestos que têm surgido há uma que surpreendeu o Twitter e que tem merecido destaque na imprensa francesa.
Falamos do twitter oficial de Pamela Anderson, a ex-modelo Playboy que ficou conhecida nos anos 90 pelo seu papel na série 'Marés Vivas' e por um certo vídeo pornográfico caseiro com o companheiro de então, o músico Tommy Lee.
Numa série de quatro tweets, a atriz e modelo abordou o protesto dos coletes amarelos em França e fê-lo dando a sua opinião e lançando questões para análise.
"Detesto a violência, mas o que é a violência destas pessoas e destes carros de luxo queimados quando comparado com a violência estrutural das elites francesas - e global?", escreveu num primeiro momento.
I despise violence...but what is the violence of all these people and burned luxurious cars, compared to the structural violence of the French -and global - elites?
— Pamela Anderson (@pamfoundation) December 3, 2018
"Em vez de nos deixarmos hipnotizar pelas imagens das chamas devemos colocar a questão de onde é que veio tudo isto", acrescentou de seguida.
Instead of being hypnotized by the burning images, we have to pose the question where did it come from...?
— Pamela Anderson (@pamfoundation) December 3, 2018
Sobre as razões para a violência, Pamela Anderson deu a sua resposta: "Vem da tensão crescente entre a elite metropolitana e os pobres rurais, entre as políticas representadas por Macron e os 99% que estão cansados da desigualdade, não apenas em França mas também no mundo".
And the answer is: it came from the rising tensions between the metropolitan elite and rural poor, between the politcs represented by Macron and the 99% who are fed up with inequality, not only in France, all over the world.
— Pamela Anderson (@pamfoundation) December 3, 2018
Para lá de abordar as possíveis razões para a violência e o impacto simbólico do protesto dos coletes amarelos, Pamela Anderson debruçou-se ainda sobre "o dia seguinte" destes protestos que implicaram mais de uma centena de feridos bem como centenas de detidos.
"A verdeira questão é se a desobediência pode ser construtiva, o que vem no dia seguinte, se os progressistas em França, e em todo o mundo, podem usar esta imagem para em vez de violência termos imagens de uma sociedade igualitária em construção", finalizou.
The true question is whether the disobedience can be constructive, what comes the day after, can the progressives in France, and all over the world, use this energy so instead of violence we have images of constructing equal and egalitarian societies?
— Pamela Anderson (@pamfoundation) December 3, 2018
Pamela Anderson mostra desta maneira o seu apoio ao protesto dos coletes amarelos, focando-se na desigualdade como ponto essencial.
A conta oficial de Twitter de Pamela Anderson tem sido usada pela própria para reiterar outras ideias políticas, nomeadamente sobre o impacto das alterações climáticas e os direitos dos animais.
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