"A segunda volta das eleições presidenciais [realizadas quarta-feira] foi competitiva e os candidatos puderem fazer campanha livremente", sublinhou a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), que enviou uma equipa de observadores para o sufrágio na Geórgia.
No entanto, a OSCE referiu que houve uma "utilização abusiva" de recursos do Estado a favor de Salome Zurabishvili.
Em declarações aos jornalistas, a Presidente eleita disse que "agora, é importante mostrar que o país escolheu a Europa".
"É por isso que os georgianos elegeram uma mulher europeia para a Presidência", declarou a ex-diplomata.
A ex-embaixadora francesa Salome Zurabishvili, apoiada pelo partido no poder Sonho Georgiano, venceu a segunda volta das eleições presidenciais na Geórgia, realizadas na quarta-feira, com 59,56% dos votos, informou hoje a Comissão Eleitoral Central (CEC) do país.
O seu adversário, Grigol Vachadze, candidato do Movimento Nacional Unido (ENM), conseguiu 40,44%, segundos dados do CEC, quando estão escrutinados 99,7% dos votos.
De acordo com as autoridades georgianas, a participação no sufrágio foi de 56,23% dos quase dois milhões de eleitores inscritos.
Antiga diplomata francesa e embaixadora em Tbilissi entre 2003 e 2004, Salome Zurabishvili, 66 anos, obteve na primeira volta 38,64%, com Grigol Vachadze a garantir uma votação muito próxima (37,73%).
Este será o último escrutínio presidencial por sufrágio direto nesta antiga república soviética do Cáucaso, antes da passagem a um regime parlamentar.
Mesmo com o cargo de Presidente com funções essencialmente simbólicas após as alterações constitucionais, o voto foi um teste para o partido no poder.