"Por enquanto, acordámos com esta política de 'Remain in Mexico' (permanecer no México)", afirmou Olga Sánchez Cordero, a futura ministra do Interior mexicana do Presidente eleito Andrés Manuel López Obrador, que toma posse a 1 de dezembro.
Numa entrevista ao Washington Post, a futura governante referiu-se ao acordo como "uma solução a curto-prazo".
Este acordo ainda informal, qualificado pelo jornal como uma vitória para o Presidente norte-americano, Donald Trump, modifica os princípios da política de asilo que tem sido seguida e coloca uma barreira aos migrantes da América Central que tentam alcançar os Estados Unidos para escapar à pobreza e à violência nos seus países.
"A solução de longo e médio prazo é que as pessoas não migrem", disse a futura ministra do Interior mexicana.
Sánchez Cordero acrescentou: "O México tem os braços abertos e tudo isso, mas imagine, uma caravana a seguir a outra, isso também será um problema para nós".
A primeira caravana de migrantes, que partiu das Honduras no dia 13 de outubro, começou a chegar na semana passada à cidade fronteiriça mexicana de Tijuana, onde milhares permanecem acampados à espera de asilo nos Estados Unidos.
No entanto, o governo do Presidente Donald Trump expressou repetidamente a sua oposição à entrada destes migrantes no país.
A Casa Branca ordenou, no final de outubro, o destacamento de mais de cinco mil soldados na fronteira e já emitiu um decreto que impede os migrantes de arranjarem asilo no estado norte-americano.
Trump ameaçou, na quinta-feira, fechar a fronteira a sul do país caso o "México não controle" a situação.