Cristóbal Montoro, que falava à rádio Onda Cero, recordou que a administração pública, "começando pela Casa do Rei e terminando pela última autarquia", conseguiu cortar os seus gastos em 24.000 milhões de euros durante o ano passado.
Apesar disso, disse o ministro, Espanha tem que continuar a cortar o défice cuja consequência é o aumento da dívida que em 2014 atingirá quase 100% do PIB.
"Há que reduzir o défice para parar o crescimento da dívida", afirmou.
Montoro disse que em 2014 os juros da dívida representarão 3,5% do PIB, valor inferior ao que se verificava em meados dos anos 90 do século passado, quando a dívida pública era quase 30 pontos mais baixa.
"Hoje temos umas taxas de juro acessíveis, essa é uma das causas pela que cedo chegará a recuperação, porque temos os mercados financeiros abertos", disse.
O ministro considerou que "não se pode abusar" nos pedidos de dinheiro aos mercados, porque todo isso aumenta o défice público.
"Não se pode gastar mais. Não há dinheiro e há que escolher", disse, recordando que 53% do Orçamento de Estado para 2014 irá para pensões, desemprego e juros da dívida.
Montoro insistiu que o OE do próximo ano é "enormemente austero", admitindo que o Governo "pode falhar" nas suas previsões.