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Para onde olhar na noite das eleições intercalares nos Estados Unidos

Em algumas das eleições intercalares nos Estados Unidos, na terça-feira, está em jogo a real base de apoio do Partido Republicano de Trump.

Para onde olhar na noite das eleições intercalares nos Estados Unidos
Notícias ao Minuto

10:33 - 04/11/18 por Lusa

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Os americanos votam na terça-feira numas eleições intercalares que escolherão congressistas, senadores e governadores, em mais de cinco mil escolhas

Para cada eleitor, cada escolha é relevante, mas na noite eleitoral umas terão mais atenção do que outras, pelas consequências políticas, seja no que diz respeito ao controlo do Senado e do Congresso, seja pelo significado simbólico que lhes será dado pelos partidos, ou pela ideia que darão sobre a real base de apoio do Partido Republicano de Trump.

Uma das que merece um olhar cuidado decidirá o congressista pelo 45.º distrito da Califórnia, onde a Republicana Mimi Walters procurará segurar o seu lugar, numa corrida renhida contra a Democrata Katie Porter.

A congressista Republicana foi uma das mais acérrimas apoiantes de Trump na luta contra o sistema Obamacare, enquanto a sua adversária Democrata tem o apoio dos grupos progressistas na sua campanha a favor de um sistema de saúde que inclua todos os americanos.

Saber quem vence estas eleições numa as mais populosas regiões dos Estados Unidos da América (EUA) dará uma perspetiva importante sobre a real base de apoio dos Democratas em relação a uma das bandeiras políticas que estará em jogo nas próximas presidenciais.

No Texas, os Republicanos jogam uma carta importante na tentativa de manterem o controlo do Senado (onde têm uma magra vantagem sobre os Democratas -- 51 eleitos contra 49), numa corrida eleitoral onde Martha McSally vai testar a popularidade de Trump e das suas medidas anti-imigração (um tema relevante num Estado, tradicionalmente conservador, que tem uma longa fronteira com o México).

A Democrata Kyrsten Sinema sabe que tem uma tarefa difícil pela frente, depois de Donald Trump ter conseguido 49% de votos neste círculo, mas procura capitalizar politicamente as vantagens decorrentes do facto de o senador que abandona o lugar, Jeff Flake, ter sido um forte crítico do presidente americano, apesar de ter sido eleito pelo Partido Republicano, estando empatada nas sondagens com Martha McSally.

A Florida é sempre um Estado importante em qualquer eleição e estas não são exceção, seja para o Congresso, para o Senado ou para o lugar de governador, onde Republicanos e Democratas estão numa acesa disputa, eleitor a eleitor.

As corridas eleitorais na Florida estão a ser consideradas tão relevantes por ambos os partidos que Donald Trump e Barack Obama marcaram comícios nesse Estado, na reta final da campanha, para continuar uma dura luta de palavras que os tem separado, nos discursos que ambos os estadistas têm feito nas últimas semanas, sobretudo divergindo em matérias que são particularmente importantes para os eleitores na Florida, como a questão racial e os cortes nos impostos anunciados pelo atual Presidente.

O Wisconsin será outro dos Estados a ter em mente, na noite eleitoral, pela disputa pelo lugar de governador, onde os Republicanos apresentam pela terceira vez Scott Walker, contra o Democrata Tony Evers.

Os Republicanos gostam de repetir que Walker é imbatível, mas a verdade é que as sondagens mais recentes indicam que a reeleição não está segura e alguns analistas apontam como explicação a sua próxima relação com Trump, que apareceu ao seu lado por várias vezes, durante o verão, o que tem sido lido como uma prova do efeito nefasto que o presidente tem junto de alguns setores de eleitorado.

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