A princesa que abdicou de o ser para poder casar por amor
A princesa Ayako já não é princesa, numa história de amor que traz 'twist' aos tradicionais contos de fadas.
© Reuters
Mundo Japão
Aos 28 anos, a princesa Ayako, do Japão, a filha mais nova do primo do imperador Akihito, casou com um homem do povo, Kei Moriya, de 32 anos, numa cerimónia tradicional xintoísta.
A legislação japonesa da família imperial dita que uma mulher que case fora do contexto da realeza, perde esse mesmo estatuto.
Ao tomar esta decisão de casar com o simples funcionário de uma empresa de exportação, a princesa abdicou voluntariamente do seu estatuto de realeza - dando-nos assim uma curiosa inversão à histórias habituais de contos de fada. Ao invés de esperar que um príncipe chegasse para a arrebatar, a princesa Ayako deixou de ser princesa para ficar com o seu 'príncipe'.
O casamento decorreu numa cerimónia privada, com poucas dezenas de convidados, no santuário Meiji. À saída, o casal reservou algumas palavras à imprensa.
Ayako agradeceu a atenção dos convidados e disse estar feliz. Moriya disse estar preparado para a ajudar a ajustar-se à vida civil. "Quero que trabalhemos juntos, de mãos dadas, para criar uma família cheia de sorrisos", disse o recém-casado.
Ayako perde uma série de privilégios mas não irá 'de mãos a abanar'. Mantém dois títulos e recebeu como prenda um 'dote' generoso: cerca de 106.75 milhões de yen (pouco mais de 830 mil euros). A agora ex-princesa continuará a trabalhar no centro de investigação de estudos sociais da universidade de Josai.
Com este casamento, a família imperial japonesa perde mais um membro, contando agora com apenas 18, contabiliza a Al-Jazeera.
Recorde-se que, em dezembro de 2017, o governo nipónico anunciou que o imperador Akihito irá abdicar do trono, em favor de seu filho Naruhito, em 30 de abril de 2019, sendo o primeiro Imperador a fazê-lo em duzentos anos.
Curiosamente, também o imperador inovou na altura de casar: apaixonou-se num court de ténis por Michiko Shoda, uma católica, e teve de pedir autorização imperial para casar. Casaram em 1959, quebrando uma tradição de 2.600 anos, de casamentos de imperadores com membros da realeza nipónica.
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