Esta ingerência, acusou, “longe de garantir os direitos humanos e o bem-estar dos povos afetados, orienta-se mais para impôr sistemas políticos e de democracia por interesses inconfessados”.
Para Teodoro Mbasogo, esta dita ingerência “desconhece totalmente os princípios intangíveis da soberania nacional e dignidade dos povos”.
Ainda nesta linha, o Presidente da Guiné Equatorial insistiu que “a democracia é a máxima expressão justa do direito natural e também um ato da vontade soberana dos povos”, destacando: “Não nos consta que a democracia tenha sido imposta a um país do mundo e que a tenha aceitado”.
Depois de perguntar por que razão a democracia se constituiu em “desculpa para intervir pela força nos conflitos dos países que se autogovernam”, deu ele próprio a resposta, dizendo que: “Tudo se reduz simplesmente a uma atuação neocolonialista dos que aspiram a recuperar os recursos que a natureza reservou para os nossos países”.
Em corolário, condenou a existência de “uma espécie de guerra fria entre os que proclamam autoridades morais e a maioria que reivindica a liberdade de ação para conduzir os destinos dos seus povos”.
Teodoro Mbasogo reivindicou ainda a reforma da ONU, em particular do Conselho de Segurança, “para o tornar mais democrático e para que proteja com imparcialidade os interesses de todas as nações”.
A recusa de métodos e práticas que não resolvam conflitos, como o uso da força ou os embargos, levou-o a defender o fim dos embargos contra Cuba e Zimbabué.
Garantiu ainda que “a situação política, económica e sociocultural da Guiné Equatorial é positiva e animadora”, destacando, entre outros fatores, “um desenvolvimento político harmonioso e o desenvolvimento de uma democracia nacional genuína”.