Guiné Equatorial preocupada com "ingerência humanitária"

O Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, expressou hoje a sua preocupação com o que considerou “os efeitos negativos da chamada ingerência humanitária da ONU”, ao discursar na 68.ª Assembleia-Geral da organização.

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Lusa
26/09/2013 22:28 ‧ 26/09/2013 por Lusa

Mundo

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Esta ingerência, acusou, “longe de garantir os direitos humanos e o bem-estar dos povos afetados, orienta-se mais para impôr sistemas políticos e de democracia por interesses inconfessados”.

Para Teodoro Mbasogo, esta dita ingerência “desconhece totalmente os princípios intangíveis da soberania nacional e dignidade dos povos”.

Ainda nesta linha, o Presidente da Guiné Equatorial insistiu que “a democracia é a máxima expressão justa do direito natural e também um ato da vontade soberana dos povos”, destacando: “Não nos consta que a democracia tenha sido imposta a um país do mundo e que a tenha aceitado”.

Depois de perguntar por que razão a democracia se constituiu em “desculpa para intervir pela força nos conflitos dos países que se autogovernam”, deu ele próprio a resposta, dizendo que: “Tudo se reduz simplesmente a uma atuação neocolonialista dos que aspiram a recuperar os recursos que a natureza reservou para os nossos países”.

Em corolário, condenou a existência de “uma espécie de guerra fria entre os que proclamam autoridades morais e a maioria que reivindica a liberdade de ação para conduzir os destinos dos seus povos”.

Teodoro Mbasogo reivindicou ainda a reforma da ONU, em particular do Conselho de Segurança, “para o tornar mais democrático e para que proteja com imparcialidade os interesses de todas as nações”.

A recusa de métodos e práticas que não resolvam conflitos, como o uso da força ou os embargos, levou-o a defender o fim dos embargos contra Cuba e Zimbabué.

Garantiu ainda que “a situação política, económica e sociocultural da Guiné Equatorial é positiva e animadora”, destacando, entre outros fatores, “um desenvolvimento político harmonioso e o desenvolvimento de uma democracia nacional genuína”.

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