O procurador-geral dos EUA, John Sauer, pediu à mais alta instância judicial do país que suspenda temporariamente a ordem da juíza Susan Illston, de São Francisco, que impede as agências governamentais de fazerem cortes coletivos de pessoal.
Esta ordem representou um grande revés para os planos do presidente republicando e do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), liderado pelo magnata Elon Musk.
"Tudo isto se baseia na extraordinária visão de que o presidente não tem autoridade para orientar as agências executivas sobre como exercer os seus poderes estatutários para conduzir ações de pessoal em grande escala dentro do poder executivo", acusou Sauer, citado pela agência Efe.
O pedido nomeia os líderes dos departamentos e agências envolvidos e, nela, o Governo reivindica o poder de "planear reduções de pessoal seguindo instruções presidenciais".
A juíza federal, no entanto, não negou ao executivo norte-americano a possibilidade de redução do efetivo federal, mas exigiu documentação que garantisse que tal poderia ser feito legalmente.
Lembrou também a necessidade de aprovação do Congresso para reformas em grande escala.
Trump, por sua vez, atacou o Supremo Tribunal na sua plataforma de redes sociais, a Truth Social, poucos minutos antes do anúncio da petição.
"O Supremo Tribunal está a ser manipulado por perdedores radicais de esquerda que não têm apoio, são odiados pelo público e cuja única esperança é a intimidação do próprio tribunal. Não podemos permitir que isto aconteça ao nosso país!", frisou na publicação.
Esta mensagem surge um dia depois de uma audiência rápida sobre o direito de cidadania por nascimento, que Trump ordenou que fosse limitado, um caso sobre o qual está a travar uma guerra com tribunais inferiores que, segundo alguns especialistas, pode durar anos.
Em ambos os casos, pode observar-se uma estratégia comum da administração norte-americana: contornar o procedimento ordinário do sistema judicial e ir diretamente ao Supremo Tribunal, onde existe uma maioria conservadora.
Leia Também: Donald Trump faz comentário ofensivo contra Taylor Swift