Reportéres sem Fronteiras alertam contra "acordo de compromisso"
A organização Repórteres sem Fronteiras apelou hoje para que não haja qualquer "acordo de compromisso" com a Arábia Saudita sobre a morte do jornalista Jamal Khashoggi.
© Reuters
Mundo Khashoggi
Um "compromisso" com a Arábia Saudita sobre a morte de Jamal Khashoggi daria "uma autorização para matar" a um reino que "persegue" e "mata" jornalistas, escreve este sábado o secretário-geral dos Repórteres Sem Fronteiras (RSF), Christophe Deloire.
A Arábia Saudita admitiu pela primeira vez que o jornalista foi morto no interior do consulado do reino em Istambul, num caso que teve grande impacto mundial, com a degradação da imagem do país junto dos seus aliados, nomeadamente nos Estados Unidos.
"Todas as tentativas de baixar a pressão sobre a Arábia Saudita e de aceitar uma política de compromisso teria como consequência dar 'autorização para matar' a um reino que prende, fustiga, persegue e mata jornalistas que ousam perturbar e lançar os debates", escreve Deloire na rede social Twitter.
Num outro 'tweet', aquele responsável refere que "depois do reconhecimento da morte" de Khashoggi, a RSF "espera que uma pressão determinada, constante e forte seja mantida sobre a Arábia Saudita, a fim de se apurar toda a verdade sobre o facto e conseguir a libertação de jornalistas sauditas que foram condenados a penas horríveis e loucas".
A confirmação da morte de Khashoggi foi feita pouco antes do amanhecer pela agência de informação oficial saudita SPA, que referiu dois altos responsáveis sauditas, bem como a detenção de 18 suspeitos, todos sauditas.
Segundo a SPA, o jornalista foi morto depois de uma rixa.
O presidente norte-americano Donald Trump já disse que considera as explicações sauditas sobre a morte de Jamal Khashoggi como credíveis.
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