Número de mortos em desmoronamento no Uganda sobe para 40
O número de mortos num desmoronamento causado pelas fortes chuvas no Uganda subiu para 40, de acordo com as autoridades, que estimam que o número de vítimas mortais alcance uma centena.
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Mundo Autoridades
"Um rio transbordou em Bududa (na região oriental do Uganda) depois de fortes aguaceiros e causou um deslizamento de terras na montanha. Grandes rochas rolaram através de uma aldeia no subcondado de Bukalasi, matando várias pessoas", afirmou o responsável do Departamento de Gestão de Desastres do país, Martin Owor, citado pela agência France-Presse.
De acordo com as primeiras investigações, a forte corrente do rio Tsuume, que levou a que este transbordasse e arrastasse todo o tipo de objetos, terá destruído dois centros comerciais e duas escolas próximas das encostas do monte Elgon.
Várias das zonas continuam inacessíveis para as equipas de resgate, o que leva as autoridades a considerar a hipótese de haver um número muito maior de mortos entre alunos e professores.
"Contamos encontrar mais vítimas à medida que as equipas de resgate vão acedendo às áreas afetadas próximas das encostas do monte Elgon", disse a porta-voz da Cruz Vermelha do Uganda, Irene Nakasiita.
As chuvas levaram também ao transbordamento do rio Manafwa, o que causou mais inundações.
A catástrofe aconteceu a poucos quilómetros da aldeia de Nametsi, onde em 2010 um outro deslizamento de terras matou mais de 150 pessoas e deslocou 10.000, tendo ainda destruído mais de 30 quintas.
A recente onda de deslizamentos de terra é atribuída a vários fatores, entre os quais as alterações climáticas - como o fenómeno El Niño -, a desflorestação, a alta erosão dos solos ou a topografia escarpada da zona.
Os especialistas acreditam que as atividades humanas como a má exploração ou um cultivo excessivo em encostas íngremes também acelerou a repetição destes fenómenos.
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