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Foi morto com 12 facadas depois de discussão sobre Bolsonaro e PT

O mestre de capoeira Moa do Katendê foi assassinado em Salvador da Baía por ter assumido que votou no Partido Trabalhador nas eleições brasileiras. Homicida foi detido e é apoiante de Bolsonaro.

Foi morto com 12 facadas depois de discussão sobre Bolsonaro e PT
Notícias ao Minuto

10:13 - 09/10/18 por Fábio Nunes

Mundo Brasil

O Brasil é nesta altura um país dividido quanto à escolha do seu próximo presidente. Os sentimentos face a Bolsonaro, líder da extrema-direita brasileira, e ao PT atingem extremos e neste domingo registou-se um crime violento em Salvador da Baía depois de uma discussão em torno de escolhas políticas nas eleições. Um homem foi assassinado com 12 facadas nas costas por ter afirmado que votou no Partido dos Trabalhadores, segundo A Tarde.

A vítima mortal é o mestre de capoeira Moa do Katendê, que tinha 63 anos. O seu primo, Germínio do Amor Divino Pereira, de 51 anos, também foi esfaqueado no braço e teve de ser transportado para o hospital. Ainda não foi divulgada qualquer informação sobre o seu estado. O autor do crime foi detido em flagrante pela polícia e identificado como Paulo Sérgio, de 36 anos.

De acordo com o Extra, a discussão terá começado já na madrugada de segunda-feira, mais precisamente às 2h40 (6h40 em Portugal Continental), num bar. Paulo Sérgio terá começado a gritar palavras de apoio a Jair Bolsonaro. O mestre de capoeira e o seu grupo terão respondido que votaram no Partido dos Trabalhadores.

Paulo Sérgio saiu do bar e foi a casa buscar uma faca. De regresso ao bar dirigiu-se a Moa do Katendê e desferiu-lhe 12 facadas nas costas. Fugiu do bar e foi detido em sua casa. “Os polícias avistaram um rasto de sangue que levava até uma casa e prenderam em flagrante o homicida, que estava escondido na casa de banho. Ele já estava com uma mochila com roupas com o objetivo de fugir”, informou através de um comunicado a Polícia Militar de Salvador da Baía.

Numa entrevista a jornalistas já depois de ter sido detido, Paulo Sérgio alega que foi o mestre de capoeira quem o começou a provocar chamando-o de “veadinho negro”. O homicida pediu desculpa aos familiares da vítima e disse que não teve “intenção” de cometer o crime.

O mestre de capoeira Moa do Katendê era uma figura querida em Salvador da Baía e um dos grandes defensores das tradições afro-baianas. 

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