Moçambique anuncia arranque da desmilitarização da Renamo

O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, anunciou hoje, em Maputo, que o processo de desmilitarização da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) arranca no sábado, com a desmobilização e reintegração do braço armado da principal partido da oposição.

Desarmamento da Renamo é essencial para a paz, diz Presidente moçambicano

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Lusa
04/10/2018 09:56 ‧ 04/10/2018 por Lusa

Mundo

sábado

"Tenho o prazer de anunciar que, como está previsto no memorando de entendimento que o Governo assinou com a Renamo, iremos lançar no próximo sábado, dia 06 de Outubro, o início efetivo do processo de desmilitarização, desmobilização e reintegração", afirmou Filipe Nyusi, numa declaração à nação sobre o Dia da Paz e da Reconciliação, que se assinala hoje em Moçambique.

O chefe de Estado moçambicano, que falava a partir da Praça dos Heróis, em Maputo, adiantou que até sábado estarão em Moçambique o chefe da missão que vai dirigir o processo de desarmamento da Renamo, o general argentino Javier Perez Aquino, e os peritos militares dos sete países que vão monitorizar a operação.

"Até sábado já se encontrarão no território nacional todos os peritos solicitados para testemunhar o processo provenientes da Tanzânia, do Zimbabe, Estados Unidos da América, Suíça, Alemanha, Noruega, Irlanda e Índia e a eles se juntará o general Javier Aquino, da Argentina, que irá liderar o grupo", destacou Filipe Nyusi.

O Presidente moçambicano apelou aos moçambicanos e à comunidade internacional para se empenharem na instauração de uma Paz duradoura, para que o país se concentre na luta contra a pobreza e criação da prosperidade, pedindo o sucesso da operação.

Filipe Nyusi leu uma mensagem do Papa Francisco em que exorta os moçambicanos a superarem as diferenças e a unirem-se contra os desafios à paz.

O Dia da Paz e da Reconciliação evoca a assinatura do Acordo Geral de Paz entre o Governo moçambicano e a Renamo a 04 de outubro de 1992 e que encerrou 16 anos de guerra civil.

A assinatura do acordo não impediu que o país mergulhasse em ciclos de violência militar, principalmente em períodos pós-eleições, devido à contestação da Renamo aos resultados eleitorais.

 

 

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