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Venezuela: Êxodo da população resolve-se "tirando a tirania"

A ex-procuradora-geral da Venezuela, Luísa Ortega Díaz, agradeceu hoje à comunidade internacional por ajudar os seus conterrâneos que abandonam o país, considerando que a resolução do problema passa por afastar o Presidente do país.

Venezuela: Êxodo da população resolve-se "tirando a tirania"
Notícias ao Minuto

21:47 - 21/09/18 por Lusa

Mundo Luisa Ortega Díaz

Segundo Luísa Ortega Díaz, o êxodo de venezuelanos transformou-se "num problema do planeta".

"Já não é um problema da Colômbia, é do planeta, nem sequer da região (...). A solução não passa apenas por ajudar os venezuelanos, há que resolver o problema estrutural, ou seja, desde a Venezuela. Há que resolver tirando a tirania que está atualmente na Venezuela", disse, numa alusão ao Presidente, Nicolás Maduro.

Luísa Orega Díaz falava aos jornalistas ao finalizar um encontro, na cidade de Bogotá, Colômbia, com o "defensor do povo", uma espécie de promotor de justiça, Carlos Alfonso Negret, a quem também agradeceu a ajuda do governo colombiano aos migrantes venezuelanos.

A ex-procuradora-geral responsabiliza o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pela situação no país, onde considerou não haver garantias de direitos humanos.

"Na Venezuela o que há é a garantia da morte, qualquer doente, na Venezuela, está condenado à morte", declarou, vincando que a comunidade internacional tem sido muito recetiva com as denúncias e provas que ela própria tem apresentado.

Por outro lado, a ex-procuradora-geral explicou, citando dados da Organização Internacional para as Migrações, que quase quatro milhões de venezuelanos fugiram do país, numa tentativa de escapar à crise.

Dados das Nações Unidas dão conta de que 2,3 milhões de venezuelanos estão atualmente radicados no estrangeiro, dos quais aproximadamente um milhão escolheu a Colômbia para viver.

Além disso, 35.000 venezuelanos atravessam diariamente a fronteira com a Colômbia para comprar neste país alimentos e medicamentos, entre outros produtos.

Luísa Ortega Díaz foi destituída em 05 de agosto de 2017, depois de acusar o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) de estar ao serviço de Nicolás Maduro e de levar a cabo "uma rutura do fio constitucional".

Nas sentenças, o STJ acusava a Assembleia Nacional (na qual a oposição detém a maioria) de desacato e assumia as funções do parlamento.

Luísa Ortega Díaz foi destituída pela Assembleia Constituinte, composta unicamente por simpatizantes do regime de Nicolás Maduro.

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