Venezuela: Êxodo da população resolve-se "tirando a tirania"
A ex-procuradora-geral da Venezuela, Luísa Ortega Díaz, agradeceu hoje à comunidade internacional por ajudar os seus conterrâneos que abandonam o país, considerando que a resolução do problema passa por afastar o Presidente do país.
© Reuters
Mundo Luisa Ortega Díaz
Segundo Luísa Ortega Díaz, o êxodo de venezuelanos transformou-se "num problema do planeta".
"Já não é um problema da Colômbia, é do planeta, nem sequer da região (...). A solução não passa apenas por ajudar os venezuelanos, há que resolver o problema estrutural, ou seja, desde a Venezuela. Há que resolver tirando a tirania que está atualmente na Venezuela", disse, numa alusão ao Presidente, Nicolás Maduro.
Luísa Orega Díaz falava aos jornalistas ao finalizar um encontro, na cidade de Bogotá, Colômbia, com o "defensor do povo", uma espécie de promotor de justiça, Carlos Alfonso Negret, a quem também agradeceu a ajuda do governo colombiano aos migrantes venezuelanos.
A ex-procuradora-geral responsabiliza o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pela situação no país, onde considerou não haver garantias de direitos humanos.
"Na Venezuela o que há é a garantia da morte, qualquer doente, na Venezuela, está condenado à morte", declarou, vincando que a comunidade internacional tem sido muito recetiva com as denúncias e provas que ela própria tem apresentado.
Por outro lado, a ex-procuradora-geral explicou, citando dados da Organização Internacional para as Migrações, que quase quatro milhões de venezuelanos fugiram do país, numa tentativa de escapar à crise.
Dados das Nações Unidas dão conta de que 2,3 milhões de venezuelanos estão atualmente radicados no estrangeiro, dos quais aproximadamente um milhão escolheu a Colômbia para viver.
Além disso, 35.000 venezuelanos atravessam diariamente a fronteira com a Colômbia para comprar neste país alimentos e medicamentos, entre outros produtos.
Luísa Ortega Díaz foi destituída em 05 de agosto de 2017, depois de acusar o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) de estar ao serviço de Nicolás Maduro e de levar a cabo "uma rutura do fio constitucional".
Nas sentenças, o STJ acusava a Assembleia Nacional (na qual a oposição detém a maioria) de desacato e assumia as funções do parlamento.
Luísa Ortega Díaz foi destituída pela Assembleia Constituinte, composta unicamente por simpatizantes do regime de Nicolás Maduro.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com