China pede a EUA para não interferir na política externa de El Salvador
Pequim pediu hoje a Washington para não interferir na política externa de El Salvador, após a Casa Branca ter anunciado que os Estados Unidos vão rever a sua relação com Salvador, que rompeu relações diplomáticas com Taiwan.
© Reuters
Mundo Lu Kang
"Apenas o povo de El Salvador sabe qual é a decisão correta e qual beneficia os seus interesses, assim esperamos que certos países respeitem o direito dos Estados soberanos de desenvolverem as suas relações internacionais, em vez de interferirem nos seus assuntos internos", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lu Kang.
Recordou ainda que El Salvador se juntou a outros 176 países que mantém relações oficiais com a China (e não com Taiwan, por imposição de Pequim).
Países que mantêm laços diplomáticos com Pequim não podem ter ligações a Taipé e vice-versa.
Taiwan, a ilha onde se refugiou o antigo governo chinês depois de o Partido Comunista tomar o poder no continente, em 1949, assume-se como República da China, mas Pequim considera-a uma província chinesa e ameaça usar a força caso declare independência.
Taipé e Pequim atravessam um período de renovadas tensões, desde a vitória da presidente independentista Tsai Ing-wen, do Partido Democrático Progressista (DPP), nas eleições de 2016.
Sob o seu mandato, cinco Estados já romperam relações com Taipé, incluindo São Tomé e Príncipe.
Taiwan conta agora com apenas 17 aliados diplomáticos no mundo, nove dos quais na América Latina e nas Caraíbas.
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