Médicos na Nicarágua despedidos por tratarem feridos de protestos
Mais de 300 pessoas morreram nos últimos meses na sequência de protestos contra o governo da Nicarágua.
© Reuters
Mundo Carreira
Dezenas de médicos e enfermeiros alegam que foram despedidos após terem tratado de feridos na sequência de protestos contra o governo da Nicarágua.
Desde que começaram os protestos em larga escala contra o governo de Daniel Ortega, em abril, que há já 317 mortes a registar, incluindo 21 polícias e 23 menores.
O El Pais dá conta do caso de um cirurgião, Javier Pastora, que adianta que foi afastado "sem grandes explicações" após ter tratado de feridos resultantes dos protestos e de ter manifestado publicamente as suas "divergências" em relação à forma como Ortega tem conduzido os destinos do país.
Pastora recebeu a carta de demissão há uma semana. Antes era chefe na ala de cirurgia do Hospital Escuela Óscar Danilo Rosales, em León, a segunda maior cidade da Nicarágua. Com ele saíram outros nove médicos e mais 25 outros elementos das equipas de saúde do hospital.
Os protestos contra Ortega começaram concretamente no passado dia 18 de abril e surgiram por causa da reforma fracassada da segurança social. Entretanto aumentaram de tom e tornaram-se mesmo num apelo à renúncia do presidente do país, há 11 anos no poder.
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