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Coligação militar no Iémen diz ter destruído estruturas dos rebeldes

A coligação militar no Iémen liderada pela Arábia Saudita afirmou hoje ter destruído os locais utilizados pelos rebeldes Houthis para lançamento de mísseis contra o reino iemenita, assolado por uma guerra civil, adiantou a AFP.

Coligação militar no Iémen diz ter destruído estruturas dos rebeldes
Notícias ao Minuto

16:36 - 29/07/18 por Lusa

Mundo Conflito

A coligação anunciou a "destruição de locais [de lançamento] de mísseis balísticos utilizados pelas milícias Houthis em Saada", uma província do norte do Iémen, na fronteira com a Arábia Saudita e controlada pelos rebeldes, de acordo com um comunicado divulgado pela televisão saudita Al-Ekhbariya.

Riade e os seus aliados combatem os rebeldes Houthis apoiados pelo Irão, ajudando o Governo iemenita do presidente Abd Rabbo Mansour Hadi.

O conflito no reino do Iémen já provocou mais de 10 mil mortos, tendo mergulhado o país numa profunda crise humanitária.

A Arábia Saudita, principal exportador de petróleo do mundo, anunciou na passada semana ter temporariamente suspendido as entregas de petróleo pelo estreito de Bab al-Mandeb, depois de um ataque de mísseis levado a cabo pelo Houthis contra um petroleiro da petrolífera estatal saudita Aramco.

O estreito liga o Mar Vermelho ao Mar Arábico e constitui uma passagem estratégica para o comércio internacional.

"A coligação não permitirá aos Houthis a construção de instalações militares que ameacem as águas regionais", refere o comunicado.

Os rebeldes Houthis, que controlam a capital Sanaa e outras regiões do Iémen, lançam regularmente mísseis em direção à Arábia Saudita, afirmando com frequência que os seus mísseis atingem os objetivos, ao que Riade contrapõe que este são geralmente intercetados.

A Arábia Saudita acusa o Irão, potência regional rival, de fornecer mísseis aos rebeldes iemenitas.

Teerão reconhece apoiar politicamente os Houthis, mas nega qualquer apoio militar.

Os rebeldes controlam o norte do país, incluindo a capital Sanaa, estando o governo reconhecido internacionalmente instalado em Aden, no sul do Iémen.

O conflito levou as Nações Unidas a nomear Martin Griffiths como enviado especial para o Iémen, o qual tem tentado evitar um "banho de sangue" em Hodeida, cidade portuária no Mar Vermelho ocupada pelos rebeldes e alvo de uma ofensiva lançada a 13 de junho pelas forças governamentais, apoiadas pela coligação internacional liderada pela Arábia Saudita, que já provocou 483 mortos.

Pelo porto de Hodeida passam 70% das importações do Iémen, essenciais para a população do país pobre.

A guerra no Iémen já causou mais de 10.000 desde 2014.

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