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Tunísia demite dez altos cargos de segurança após morte de 65 migrantes

O Ministério do Interior tunisino anunciou hoje a demissão de dez altos cargos de segurança na sequência de uma investigação aberta após o naufrágio de uma embarcação que causou a morte a pelo menos 65 migrantes.

Tunísia demite dez altos cargos de segurança após morte de 65 migrantes
Notícias ao Minuto

11:55 - 06/06/18 por Lusa

Mundo Tunes

Em comunicado, o ministério indicou que entre os responsáveis demitidos estão os chefes dos serviços secretos do distrito de Kerkennah e o chefe da guarda nacional de Sfax.

Pelo menos 65 pessoas morreram no sábado na sequência de um naufrágio com uma embarcação que transportava 180 migrantes, mas que tinha capacidade para 90.

Na terça-feira, a Organização Internacional para as Migrações estimou que 112 pessoas tenham morrido no naufrágio, considerando que este foi o mais grave incidente do género desde o início do ano.

Também na terça-feira, o porta-voz da agência das Nações Unidas para as migrações (OIM), Leonard Doyle, disse que estão confirmados 60 mortos e outras 52 pessoas estão desaparecidas nas águas do Mediterrâneo e presumivelmente mortas.

De acordo com a OIM, 68 pessoas sobreviveram ao acidente.

Este foi o naufrágio mais mortífero desde que duas outras embarcações precárias se afundaram, em janeiro e fevereiro, ao largo da costa líbia, deixando cada uma delas 100 pessoas mortas ou desaparecidas.

Os tunisinos tentam frequentemente atravessar o Mediterrâneo em direção a Itália, à procura de uma entrada para a Europa e de uma vida com melhores condições.

Em março, 120 pessoas, a maioria oriunda da Tunísia, que estavam a tentar alcançar, de forma clandestina, as costas italianas foram resgatadas pela Marinha tunisina.

Antes da tragédia, o Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) estimou que 646 morreram já este ano enquanto tentavam atravessar o mar Mediterrâneo e chegar à Europa.

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