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Jornalista russo: Rússia fala de "farsa" para "efeitos propagandistas"

A Rússia disse hoje que a encenação da morte do jornalista russo Arkadi Babchenko pelos serviços secretos ucranianos foi uma "farsa" realizada para "efeitos propagandistas", enquanto a União Europeia afirmou sentir-se "aliviada" com o desfecho inesperado deste caso.

Jornalista russo: Rússia fala de "farsa" para "efeitos propagandistas"
Notícias ao Minuto

19:11 - 30/05/18 por Lusa

Mundo Encenação

A reação de Moscovo foi transmitida pela porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, num comunicado citado pelos 'media' internacionais.

A porta-voz russa disse ainda que Moscovo está contente pelo facto de Arkadi Babchenko, um reconhecido crítico do Kremlin (sede da Presidência russa), estar vivo.

Já do lado da União Europeia (UE), o presidente do Parlamento Europeu (PE), Antonio Tajani, e o gabinete da Alta Representante da UE para a Política Externa e Política de Segurança, Federica Mogherini, afirmaram estar "aliviados" perante o facto de o jornalista russo estar vivo.

Estes dois representantes comunitários, que classificaram a então confirmada morte de Arkadi Babchenko como um "crime cobarde" e pediram uma "investigação rápida e transparente" sobre o caso, não fizeram qualquer comentário sobre as explicações dadas hoje pelas autoridades ucranianas.

Os serviços de segurança ucranianos informaram hoje numa conferência de imprensa em Kiev que encenaram a morte de Arkadi Babchenko, com o intuito de travar uma tentativa de homicídio alegadamente patrocinada pelos serviços especiais russos.

O próprio jornalista, que tinha sido dado como morto na terça-feira à noite pelas autoridades ucranianas, compareceu na conferência de imprensa na capital ucraniana ao lado do diretor dos serviços de segurança da Ucrânia (SBU), Vasily Gritsak.

Os serviços ucranianos anunciaram, entretanto, a detenção de um suspeito acusado de ter organizado a tentativa de homicídio de Babchenko, um homem que terá recebido 40 mil dólares (34,3 mil euros) dos "serviços especiais russos".

O Presidente ucraniano, Petro Poroshenko, também falou sobre o caso, afirmando que a Ucrânia vai oferecer proteção a Babchenko.

"É pouco provável que Moscovo se acalme. Dei ordem para fornecer proteção a Arkadi e à sua família", afirmou o chefe de Estado ucraniano na rede social Twitter.

A relação entre Moscovo e Kiev degradou-se desde que as forças pró-ocidentais chegaram ao poder na Ucrânia no início de 2014.

A situação entre os dois países agravou-se ainda mais com a anexação russa da península da Crimeia, concretizada após um referendo fortemente contestado, e com o conflito com os separatistas pró-russos, grande parte nostálgicos da época da antiga União Soviética, na região leste da Ucrânia.

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