O ataque ocorreu no domingo à noite na localidade de Mbau, 20 quilómetros a norte de Beni, uma das principais cidades da província do Kivu Morte, estando as autoridades locais a percorrer a zona para saber se há mais vítimas, depois de, hoje de manhã, terem sido encontrados mais seis corpos.
"Para já, há 10 mortos e um ferido, todos vítimas de balas", indicou o líder da sociedade civil de Mbau, Omar Kalisya, em declarações ao portal de notícias Atualité, indicando que os atacantes também saquearam farmácias e outros estabelecimentos comerciais da localidade e incendiaram um automóvel.
A região situada numa zona montanhosa e próxima da fronteira com o Uganda, no oeste ugandês, permite aos rebeldes esconderem-se com facilidade e escapar às operações militares no terreno, acrescentou.
A ADF iniciou a sua campanha de violência em 1996 no distrito de Kasese, no oeste do Uganda, após o que as expandiu a várias zonas próximas da fronteira com a RDCongo.
A frente é uma das organizações armadas que continua a atuar na RDCongo após o grupo rebelde M23, que chegou a controlar grande parte da região, ter sido desarmada, em novembro de 2014.
O nordeste da RDCongo está há vários anos mergulhado num conflito alimentado por dezenas de grupos rebeldes, apesar da presença do exército regular e das forças militares da Missão das Nações Unidas no país, a Monusco.
O Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) estima que, atualmente, há cinco milhões de congoleses deslocados e 675 mil refugiados em países vizinhos.
Por seu lado, a organização não-governamental Human Rights Watch, estima que, entre junho e novembro de 2017, só na província do Kivu, mais de 500 civis foram assassinados e cerca de mil sequestrados.