Reino Unido sem "qualquer intenção" de abandonar acordo com Irão
A primeira-ministra britânica, Theresa May, disse hoje que o Reino Unido está a trabalhar com os seus aliados europeus, enquanto o seu ministro dos Negócios Estrangeiros garantiu que o país "não tem qualquer intenção de abandonar" o acordo nuclear com o Irão.
© Reuters
Mundo Theresa May
Theresa May explicou que a articulação com os aliados europeus é a melhor forma de "abordar" os problemas colocados pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após este ter anunciado a saída do acordo nuclear com o Irão.
Durante a sessão semanal de perguntas à primeira-ministra na Câmara dos Comuns, Theresa May admitiu a necessidade de se enfrentar o novo cenário em relação ao comportamento do Irão, como "os mísseis balísticos e a atividade desestabilizadora iraniana" no Médio Oriente.
"Estes são os problemas que precisam de ser abordados e estamos a trabalhar com os nossos aliados europeus", sublinhou a chefe do Governo conservador.
Já o ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, Boris Johnson, apelou aos Estados Unidos para que não coloquem entraves ao bom funcionamento do atual acordo nuclear com o Irão.
"Exorto os Estados Unidos a evitarem qualquer ação que impeça as outras partes de continuarem a trabalhar para que o acordo funcione, no interesse da nossa segurança coletiva", disse hoje, no parlamento britânico.
Boris Johnson afirmou que o país "não tem qualquer intenção de abandonar" o acordo nuclear com o Irão, apesar da decisão anunciada pelo presidente norte-americano.
O ministro garantiu que a decisão de Donald Trump "não faz qualquer diferença para a avaliação britânica" de que o acordo está a funcionar, impedindo as ambições nucleares iranianas.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou na terça-feira que os Estados Unidos abandonam o acordo nuclear assinado entre o Irão e o grupo 5+1, constituído pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (EUA, Rússia, China, França e Reino Unido) e a Alemanha.
O acordo, concluído em 2015, permitiu o levantamento de parte das sanções internacionais em troca do compromisso de Teerão de limitar o seu programa nuclear a fins civis.
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