Um recente estudo levado a cabo pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, revela que a privação do sono não é, afinal, um sintoma de problemas mentais, mas na verdade o trampolim para patologias desse género.
Publicado esta semana da revista científica The Lancet Psychiatry, o estudo contou com a participação de 3.700 estudantes universitários diagnosticados com insónia, tendo cada um dos participantes revelado a sua rotina de sono e a existência ou ausência de episódios de paranoia, alucinações, ansiedade e depressão. Todos os participantes tiveram, ainda, de criar um diário de sono, conta o LiveScience.
Os estudantes, com uma média de 24 anos, foram analisados ao longo de 12 semanas, período no qual estiveram divididos em dois grupos: um de controlo e outro em que foram alvo de uma terapia cognitivo-comportamental (TCC) realizada online durante 20 minutos por dia.
De acordo com o site, são duas as principais conclusões a tirar desta investigação. Em primeiro ligar, foi possível provar que o quão mal dormimos pode, realmente, desempenhar um papel negativo na nossa saúde mental, interferindo, ainda, na saúde emocional.
Em segundo, a terapia que nos faz pensar naquilo que temos e em encontrar soluções para o problema (a TCC) é eficaz na luta contra a insónia. Mas não só: os estudantes que conseguiram controlar a insónia apresentaram um melhor índice de saúde mental, isto é, uma menor probabilidade de experimentar experiências psicóticas.